
O presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), fez uma publicação nas redes sociais em defesa da soberania brasileira. A postagem, feita na noite desta quarta-feira (30/7), ocorre horas após os Estados Unidos punirem o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), com a Lei Magnitsky, e o presidente do país, Donald Trump, assinar ordem executiva que instaura o "tarifaço" de 50% sobre produtos brasileiros.
Motta condenou sanções de outros países a "membros de qualquer Poder constituído da República", mas não citou nominalmente o ministro Alexandre de Moraes.
"Como país soberano não podemos apoiar nenhum tipo de sanção por parte de nações estrangeiras dirigida a membros de qualquer Poder constituído da República", escreveu o deputado. "Isso vale para todos os parlamentares, membros do executivo e ministros dos Tribunais Superiores", completou.
Em outro trecho da publicação, Motta também ressalta a independência entre os poderes Executivo, Legislativo e Judiciário. "Reafirmo que a Câmara dos Deputados será sempre espaço de diálogo e equilíbrio na defesa da institucionalidade e do Brasil, sobretudo em tempos desafiadores", completou.
Tarifas valem a partir de 6 de agosto
Na tarde desta quarta, o presidente Donald Trump assinou a ordem executiva que implementa o "tarifaço" de 50% em cima de produtos brasileiros importados pelos EUA a partir de 6 de agosto.
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Segundo o governo americano, a medida foi imposta para "lidar com políticas, práticas e ações recentes do governo do Brasil que constituem uma ameaça incomum e extraordinária à segurança nacional, à política externa e à economia dos Estados Unidos”.
Reunião de emergência com ministros
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva convocou reunião de emergência com ministros de Estado após o líder da Casa Branca, Donald Trump, assinar o tarifaço de 50% sobre produtos brasileiros.
Participaram do encontro os ministros Geraldo Alckmin (Indústria), Fernando Haddad (Fazenda), Sidônio Palmeira (Secretaria de Comunicação) e Gleisi Hoffmann (Relações Institucionais). O Correio apurou que a reunião começou por volta das 17h30, no Palácio do Planalto.
Há expectativas de que, após a reunião do alto escalão do governo, seja publicada uma nota de esclarecimento sobre como o país vai reagir ao tarifaço anunciado por Donald Trump.
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