Pesquisa das empresas AtlasIntel e Bloomberg publicada nesta quinta-feira (31/7) revelou, entre outras variáveis, que a aprovação do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva ultrapassou a desaprovação pela primeira vez em 2025, ano em que a gestão passou por queda na popularidade. De acordo com os resultados, 50,2% dos brasileiros aprovam a administração petista, contra 49,7% que a desaprovam; 0,2% não sabem ou não responderam.
Antes disso, a última vez que Lula havia registrado saldo positivo nesse quesito havia sido em outubro de 2024. Em maio deste ano, a desaprovação, segundo a mesma pesquisa, chegou ao ponto mais alto, 53,7% (45,4% de aprovação); e, em junho, estava em 51,8% (contra 47,3%). Entre o mês passado e este, portanto, a insatisfação diminuiu dois pontos percentuais, enquanto a satisfação cresceu três.
A aprovação de Lula é maior entre mulheres (56,8%), idosos de 60 a cem anos (63,3%), pessoas com ensino superior completo (57,2%), renda acima de R$ 10 mil (60,2%), agnósticos ou ateus (75,5%), moradores da região Nordeste (66,1%) e eleitores do governante petista em 2022 (97%). Os maiores índices de desaprovação vêm de homens (56,4%), jovens de 16 a 24 anos (58,5%), pessoas com ensino médio completo (53,6%), renda entre R$ 2 mil e R$ 3 mil (56,4%), evangélicos (69,3%), moradores do Norte (70,3%) e eleitores de Jair Bolsonaro (99,3%).
Para chegar aos resultados, foram avaliadas opiniões, a partir de recrutamento digital aleatório, de 7.334 adultos brasileiros entre 25 e 28 de julho. A margem de erro, cujo nível de confiança é de 95%, é de mais ou menos um ponto percentual.
Avaliações
O AtlasIntel-Bloomberg aponta que, para além de níveis de aprovação e desaprovação, avaliações negativas do governo Lula seguem em queda também desde maio, quando 52,1% acreditavam que a gestão era ruim ou péssima e 41,9% a considerava ótima ou boa. No resultado da pesquisa desta quinta, são 48,2% de insatisfeitos contra 46,6% de satisfeitos; 5,1% consideram a condução da administração regular.
Imagem
Entre líderes políticos brasileiros, Lula é o que tem, neste julho, a imagem mais positiva entre a população — 51%, contra 48% negativa. 55% têm uma imagem negativa do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), contra 44% positiva. Para autoridades como Hugo Motta e Davi Alcolumbre, porém, cujas imagens são positivas apenas para 2% dos brasileiros, a visão negativa contempla 80% e 76%, respectivamente.
Eleição
Em um cenário em que eleições presidenciais ocorressem na semana da pesquisa e em que os candidatos fossem os mesmos da disputa de 2022, Lula viria em primeiro lugar, com 47,8% das intenções de votos. Bolsonaro viria logo depois, com 44,2%, seguido de Ciro Gomes (PDT), 3,2%, e Simone Tebet (MDB), 1,4%. 1,5% escolheriam outro candidato; 1,7% votariam em branco ou nulo; e 0,1% não soube responder.
A última ocasião em que Lula venceria Bolsonaro foi em janeiro de 2025. Desde então, até esta última pesquisa, o político do PL estava à frente da corrida hipotética, chegando a 46,7% em maio, ápice de desaprovação do governo petista.
Em um cenário em que a opção da direita não fosse Jair Bolsonaro, o atual presidente da República venceria, tanto em primeiro, quanto em segundo turno, nomes como Tarcísio de Freitas (Republicanos), Michele Bolsonaro (PL), Romeu Zema (Novo), Ronaldo Caiado (União Brasil), Ratinho Jr. (PSD) e Eduardo Leite (PSD).
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Lara Perpétuo
Jornalista formada pela Universidade de Brasília (UnB). Também estudou comunicação e literatura na Coreia do Sul. Passou pela editoria de Cultura no jornal Correio Braziliense e agora escreve para o CB On-line.
