Ex-presidente

Redes sociais se dividem sobre prisão domiciliar de Bolsonaro, aponta Quaest

Levantamento revela que 53% das menções nas redes aprovaram a decisão judicial de prender o ex-presidente, enquanto 47% demonstraram oposição, expondo forte polarização digital

Ao todo, foram identificadas 1,2 milhão menções até as 21h da segunda-feira (4/8), geradas por mais de 401 mil autores únicos. A média de alcance por hora chegou a 8,6 milhões de visualizações -  (crédito: Reprodução Instagram)
Ao todo, foram identificadas 1,2 milhão menções até as 21h da segunda-feira (4/8), geradas por mais de 401 mil autores únicos. A média de alcance por hora chegou a 8,6 milhões de visualizações - (crédito: Reprodução Instagram)

O decreto de prisão domiciliar do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), anunciado no fim da tarde de ontem (4/8), não apenas agitou o cenário político como também acendeu um intenso debate nas redes sociais. De acordo com levantamento da Quaest divulgado nesta terça-feira (5), a repercussão digital foi expressiva e marcada por uma polarização: 53% das menções foram favoráveis à prisão, enquanto 47% se posicionaram contra.

A reação ao decreto, assinado pelo ministro Alexandre de Moraes, sob o argumento de que o ex-presidente tem feito "reiterado descumprimento das medidas cautelares", deu-se de forma imediata. Críticos de Bolsonaro celebraram a medida com hashtags como “Grande Dia”, “Bolsonaro Preso” e “Papuda”, que rapidamente ocuparam os assuntos mais comentados do X. O engajamento, embora massivo, se deu de forma espontânea e descentralizada, sem uma liderança digital clara entre os perfis alinhados à esquerda.

Em contrapartida, apoiadores do ex-presidente reagiram com forte organização. Segundo eles, há uma perseguição política, abuso de autoridade e tentativa de “cortina de fumaça” para encobrir denúncias relacionadas ao ministro Moraes — como o caso da investigação “Vaza Toga” — dominaram o discurso. Expressões como “vingança não é justiça” e “ditador de toga” foram amplamente utilizadas nas postagens que criticavam a decisão do Supremo Tribunal Federal.

O estudo, realizado por meio de social listening, coletou dados nas principais plataformas — como X (antigo Twitter), Instagram, Facebook, Reddit, YouTube e sites de notícias — utilizando operadores de busca e palavras-chave relacionadas ao caso. Ao todo, foram identificadas 1,2 milhão menções até as 21h da segunda-feira, geradas por mais de 401 mil autores únicos. A média de alcance por hora chegou a 8,6 milhões de visualizações.

Além do volume elevado, a velocidade da mobilização digital chamou atenção. Em menos de três horas após o anúncio da medida, o tema já havia ultrapassado outros grandes acontecimentos políticos recentes em termos de engajamento, ficando atrás apenas da operação da Polícia Federal contra Bolsonaro.

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postado em 05/08/2025 10:13 / atualizado em 05/08/2025 14:57
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