O ex-presidente da Câmara dos Deputados Arthur Lira (PP-AL) disse que a prisão domiciliar imposta ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) é "exagerada" e "acirra os ânimos em um país já polarizado".
"O Brasil precisa tratar melhor seus ex-presidentes", disse Lira. "As medidas aplicadas a Jair Bolsonaro são exageradas e acirram os ânimos em um país já polarizado que, na verdade, precisa de paz e estabilidade para progredir".
O ex-presidente da Câmara também disse que essa situação faz a economia brasileira sofrer. "Quando o ambiente é de insegurança jurídica e instabilidade política, a economia sofre. Quem paga essa conta é o povo. Quem perde é o Brasil", afirmou.
Em 2026, Lira cogita candidatura para o Senado Federal e fez acenos tanto a Bolsonaro como para Luiz Inácio Lula da Silva. Ele é o relator de uma proposta legislativa que aumenta a isenção do Imposto de Renda para quem ganha até R$ 5 mil a partir de 2026, uma das principais pautas do governo Lula, que busca a reeleição no próximo ano.
Quando buscou a reeleição como presidente da Câmara, Lira conquistou o apoio de Lula e de Bolsonaro. Ao indicar Hugo Motta (Republicanos-PB), PT e PL também apoiaram.
Nesta terça-feira, 5, deputados bolsonaristas tumultuaram os plenários da Câmara e do Senado. Nas duas Casas, eles ocupam a Mesa Diretora para impedir o início da sessão. Houve o registro de um empurrão ao líder do PT na Câmara, Lindbergh Farias (RJ).
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