Congresso

CPMI pede registros de entrada de 'Careca do INSS' na Previdência

Foram aprovados pedidos de acesso aos registros de visita do lobista no Ministério da Previdência e na sede do INSS entre 2019 e 2025

A Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) que investiga fraudes no INSS aprovou, nesta quinta-feira (28/8), requerimentos para rastrear as visitas de Antônio Carlos Camilo Antunes, conhecido como “Careca do INSS”, ao órgão e ao Ministério da Previdência entre 2019 e 2025. A medida foi tomada durante reunião ainda em andamento no Congresso.

A Procuradoria Federal que atua no INSS foi acionada para enviar informações à comissão sobre as fraudes e a relação de Antunes com o ex-procurador Virgílio Antônio Ribeiro de Oliveira Filho. O pedido consta no requerimento 238/2025, de autoria do senador Izalci Lucas (PL-DF).

De acordo com o parlamentar, Virgílio foi afastado da função por suspeita de corrupção e teria recebido cerca de R$ 11,9 milhões de empresas intermediárias do esquema. Já Antunes é apontado como lobista e um dos principais articuladores das fraudes, sendo dono de dezenas de empresas acusadas de participação.

As investigações miram descontos indevidos aplicados sobre benefícios previdenciários entre 2019 e 2024, sob a justificativa de associação a entidades inexistentes ou irregulares. As práticas foram reveladas pela Operação Sem Desconto, deflagrada pela Polícia Federal em parceria com a Controladoria-Geral da União (CGU).

Além disso, a CPMI aprovou pedidos de informações a órgãos ligados à Previdência Social e às investigações. Entre eles estão a Dataprev, o Tribunal de Contas da União (TCU), a Polícia Federal, a CGU, o Supremo Tribunal Federal (STF), a Justiça Federal e a Procuradoria-Geral da República (PGR). Todos deverão fornecer dados relacionados à Operação Sem Desconto.

O INSS também terá de prestar esclarecimentos sobre o programa Meu INSS Vale+, que permite a antecipação de benefícios. O deputado Paulo Pimenta (PT-RS) se posicionou contra a solicitação, alegando que o tema extrapola o escopo da comissão, mas a maioria dos parlamentares decidiu pela aprovação do requerimento 252/2025.

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