
O relator da CPMI do INSS, deputado Alfredo Gaspar (União-AL), solicitou nesta segunda-feira (22/9) a prisão preventiva de Rubens Oliveira Costa, empresário ligado à Vênus Consultoria e à Curitiba Consultoria. Durante a sessão, Gaspar afirmou que as investigações revelam movimentações bilionárias em contas de empresas associadas ao depoente, envolvendo ainda pessoas próximas a dirigentes do instituto.
Gaspar acusou Rubens de atuar como administrador-financeiro em consultorias que transacionaram cifras milionárias, em alguns casos bilionárias, entre 2023 e 2024. “O povo brasileiro, muitas vezes com agentes infiltrados na máquina pública, vê uma relação do senhor depoente com contas que movimentaram valores bilionários, a exemplo da Curitiba Consultoria e da Vênus Consultoria”, afirmou o deputado.
De acordo com o relator, Rubens teria se associado à esposa do procurador-chefe do INSS e também ao diretor do instituto, configurando indícios de conflito de interesses e de uso político das empresas. Gaspar destacou ainda que, na qualidade de procurador da Prospect Consultoria, o empresário movimentou mais de 33 milhões de reais em 2023 e mais de 70 milhões em 2024.
As acusações se estenderam a outras empresas. Na Bras Consultoria, segundo Gaspar, Rubens teria movimentado mais de 33 milhões de reais em 2023 e 48 milhões em 2024. Já a CDS Calcenter, também sob sua representação, teria operado mais de 4 milhões de reais em 2023 e 33 milhões em 2024. O relator afirmou que há evidências de continuidade criminosa. “Esse cidadão participou efetivamente de crimes gravíssimos contra aposentados e pensionistas. Continua na impunidade, continua praticando crimes, se encontrando com outros investigados, e isso só seria suficiente para que esses depoimentos estivessem sendo acobertados e combinados”, disse.
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Ao final da sessão desta segunda, os parlamentares vão decidir se mantem o pedido. Segundo o presidente da CPMI, senador Carlos Viana, “tudo vai depender se o depoente mudar a versão e decidir colaborar, contando a verdade”.
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