
O empresário Antônio Carlos Camilo Antunes, conhecido como Careca do INSS e preso preventivamente por suspeita de integrar esquema de corrupção no órgão, respondeu nesta quinta-feira (25/9) ao questionamento do senador Rogério Marinho (PL-RN) sobre o aumento expressivo em suas movimentações financeiras em 2024. Segundo o parlamentar, os registros indicam um “boom” milionário envolvendo seis associações e uma estrutura empresarial “bastante sofisticada”.
Em sua defesa, Antunes negou ligação política com o governo e rejeitou irregularidades. “Não tem alguma relação ao governo nacional, não é o que eu faço (…). Estou aqui como investigado e vou provar minha inocência. Os contratos firmados entre as minhas empresas e as associações têm objetos claros, acompanhados de 18 milhões de documentos prestados”, declarou.
Ele também criticou o que classificou como uma “narrativa fabricada” para associá-lo ao apelido de Careca do INSS. “Venho aqui para desmistificar que esse ‘careca do INSS’ não sou eu. Ele foi criado a partir de uma narrativa”, afirmou.
Estrutura financeira
O senador Rogério Marinho apontou que as transações chamaram atenção pelo volume e pela sofisticação do arranjo empresarial. Antônio Carlos, por sua vez, alegou que o crescimento se deveu à dinâmica do mercado digital. “Um aplicativo pode vender bilhões quando atinge uma massa de brasileiros ou internacional. É a velocidade da informação que gera esse crescimento”, disse, acrescentando que a investigação demonstrará a legalidade das operações.
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Associações
Questionado diretamente sobre sua participação em entidades, o empresário negou qualquer envolvimento. “Nunca fui membro de associação. Não existe ata, nem registro fotográfico, nem presença em reuniões. São meramente clientes, sempre fui em busca de consumidores, aposentados e fábricas”, assegurou.
Antunes encerrou afirmando que é apenas um “empresário obstinado” e que todos os contratos assinados por suas empresas foram “justos e regulares”.
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