Segurança Pública

Derrite deixa cargo em SP para relatar projeto que classifica facções como terroristas

Secretário de Segurança de Tarcísio de Freitas anunciou que se licenciará do governo de SP para assumir relatoria no Congresso de proposta que endurece penas e amplia enquadramentos no combate ao crime organizado

A licença de Derrite do cargo de secretário de Segurança deve durar cerca de uma semana, tempo suficiente para a apresentação do parecer sobre o texto -  (crédito: Danandra Rocha/CB/DA.Press)
A licença de Derrite do cargo de secretário de Segurança deve durar cerca de uma semana, tempo suficiente para a apresentação do parecer sobre o texto - (crédito: Danandra Rocha/CB/DA.Press)

O secretário de Segurança Pública de São Paulo, Guilherme Derrite (PL-SP), anunciou nesta quarta-feira (29/10) que vai se afastar temporariamente do governo paulista no início de novembro para reassumir o mandato de deputado federal e relatar o projeto de lei 1283, que equipara facções criminosas a organizações terroristas.

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A licença deve durar cerca de uma semana, tempo suficiente para a apresentação do parecer sobre o texto. O tema voltou à pauta após a megaoperação policial no Rio de Janeiro que resultou, ontem (28), em mais de 100 mortos no Complexo da Penha, no Rio de Janeiro.

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A proposta, de autoria do deputado Danilo Forte (União-CE), foi protocolada em março e tramita nas comissões de Segurança Pública e de Constituição e Justiça da Câmara. O projeto prevê que grupos como o Primeiro Comando da Capital (PCC), o Comando Vermelho (CV) e as milícias sejam enquadrados na Lei Antiterrorismo.

Segundo o secretário Derrite, em conversa com jornalistas na Câmara dos Deputados, o relatório deve incluir dispositivos que ampliam o conceito de terrorismo para práticas como o domínio territorial, além do uso de artefatos explosivos, como granadas. “Essas condutas serão tratadas como ações terroristas, com aumento exponencial das penas, que serão cumulativas”, afirmou.

A expectativa é que o parecer seja apresentado aos líderes partidário na próxima semana e levado à votação logo em seguida. O parlamentar destacou ainda que o projeto “não pode esperar” a chegada de uma proposta alternativa de enfrentamento às facções, que ainda não foi enviada pelo governo federal. “Se não dermos essa resposta, o crime organizado vai continuar avançando.”

Guilherme Derrite explicou que irá discutir o tema com o governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) antes de oficializar o afastamento, mas disse acreditar que terá o aval do chefe do Executivo paulista para se dedicar à relatoria do texto.

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postado em 29/10/2025 14:57
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