
A ministra de Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann (PT), criticou, nesta sexta-feira (31), a mobilização de governadores de direita em meio à operação policial mais letal da história do país, realizada no Rio de Janeiro. Em publicações nas redes sociais, a ministra afirmou que o grupo “investe na divisão política” e tenta “colocar o Brasil no radar do intervencionismo militar de Donald Trump”.
A ministra disse que “ao invés de somar forças no combate ao crime organizado, como propõe a PEC da Segurança enviada pelo presidente Lula ao Congresso, os governadores da direita, vocalizados por Ronaldo Caiado, investem na divisão política e "querem colocar o Brasil no radar do intervencionismo militar de Donald Trump na América Latina”, afirmou em post do X.
“Não conseguem esconder seu desejo de entregar o país ao estrangeiro, do mesmo jeito que Eduardo Bolsonaro e sua família de traidores da pátria fizeram com as tarifas e a Magnitsky. Segurança pública é uma questão muito importante, que não pode ser tratada com leviandade e objetivos eleitoreiros. Combater o crime exige inteligência, planejamento e soma de esforços”, completou a ministra na rede social.
Ao invés de somar forças no combate ao crime organizado, como propõe a PEC da Segurança enviada pelo presidente @LulaOficial ao Congresso, os governadores da direita, vocalizados por Ronaldo Caiado, investem na divisão política e querem colocar o Brasil no radar do…
— Gleisi Hoffmann (@gleisi) October 31, 2025
A declaração foi uma resposta direta ao anúncio da criação do “Consórcio da Paz”, iniciativa apresentada por governadores de oposição ao governo Lula após a megaoperação no Rio. O grupo é formado pelos chefes dos Executivos estaduais Cláudio Castro (PL), Romeu Zema (Novo), Ronaldo Caiado (União Brasil), Jorginho Mello (PL), Eduardo Riedel (PP) e pela vice-governadora do Distrito Federal, Celina Leão (PP), além de Tarcísio de Freitas (Republicanos), de São Paulo.
Os comentários nas redes ocorrem em um momento de forte tensão política entre o governo federal e os estados comandados pela direita, após uma série de operações policiais de grande repercussão no Rio de Janeiro e em São Paulo. A troca de acusações amplia o clima de disputa entre o Palácio do Planalto e os governadores que buscam se posicionar como alternativa ao lulismo em 2026.
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Apesar das críticas, os governadores afirmam que o consórcio tem como foco “reforçar a integração e o compartilhamento de informações de inteligência” para enfrentar o avanço do crime organizado no país.

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