Guerra em Gaza

Brasil apoia plano de paz em Gaza apresentado por Trump

Chanceler Mauro Vieira afirma que proposta norte-americana vai na linha da defesa brasileira por cessar-fogo imediato

O ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, afirmou nesta quarta-feira (1º/10) que o Brasil vai “aplaudir publicamente” o plano de paz para a Faixa de Gaza apresentado pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. A proposta, lançada em reunião bilateral com o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, prevê cessar-fogo imediato e libertação de reféns.

Vieira destacou que o Brasil tomou conhecimento do documento no final da tarde de terça-feira (30/9) e avaliou que ele está em consonância com a posição brasileira desde o início do conflito. “Sem dúvida nenhuma vamos aplaudi-lo publicamente, e possivelmente ainda no dia de hoje, porque o objetivo do plano é justamente o que nós sempre defendemos”, disse o chanceler.

O ministro reforçou que a iniciativa tem o respaldo do governo brasileiro. “Sem dúvida nenhuma o Brasil aplaude a iniciativa e fazemos votos de que ela surta efeito, que seja aceita por todas as partes”, acrescentou, durante audiência na Comissão de Relações Exteriores e de Defesa Nacional (CREDN) da Câmara dos Deputados.

O plano de paz anunciado pelos Estados Unidos apresenta 20 pontos, incluindo a libertação de reféns em até 72 horas, a criação de um “Conselho da Paz” e medidas para desmilitarizar a Faixa de Gaza. Também prevê a formação de um governo provisório supervisionado internacionalmente e a abertura de um processo de reconstrução da região.

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Se implementada nos termos anunciados, a proposta deve levar à suspensão imediata das operações militares, ao início da reconstrução de Gaza e à transição política sob supervisão externa. O objetivo é estabelecer condições para encerrar a escalada de violência e retomar negociações de longo prazo.

Durante a apresentação do plano, Trump ressaltou que os Estados Unidos darão respaldo total a Israel caso o Hamas rejeite o acordo. Netanyahu, por sua vez, reforçou que não hesitará em agir sozinho para garantir a segurança do país, mesmo diante das negociações em andamento.

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