BRASIL-EUA

Vieira vê "nova disposição" dos EUA após aceno de Trump a Lula

Chanceler considera elogios do republicano ao presidente Lula como gesto relevante para retomada das relações bilaterais

Mauro Vieira afirmou ainda que, mesmo breve, a conversa de Lula com Trump em Nova York foi considerada
Mauro Vieira afirmou ainda que, mesmo breve, a conversa de Lula com Trump em Nova York foi considerada "muito positiva" pelo Itamaraty - (crédito: Bruno Spada/Câmara dos Deputados)

O ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, afirmou nesta quarta-feira (1º/10) que o gesto do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, em direção a Luiz Inácio Lula da Silva indica uma “nova disposição norte-americana” para negociações comerciais. Segundo o chanceler, o governo brasileiro recebeu os elogios feitos ao presidente na ONU como um sinal relevante para superar impasses.

A aproximação ganhou destaque após a Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU), em Nova York, na semana passada. Durante o evento, Trump anunciou um futuro encontro com Lula e, em discurso, fez referências positivas ao petista, o que surpreendeu a diplomacia brasileira.

“Esses acontecimentos denotam uma nova disposição norte-americana, que evidentemente recebemos com agrado e que buscaremos nos valer para superarmos as medidas e sanções contra o nosso país, que contrastaram com o histórico e com a qualidade das relações que o Brasil e os EUA sempre mantiveram”, disse Vieira durante audiência na Câmara.

O chanceler afirmou ainda que, mesmo breve, a conversa de Lula com Trump em Nova York foi considerada “muito positiva” pelo Itamaraty. Para ele, as declarações do presidente norte-americano possuem relevância no cenário diplomático, especialmente diante do clima de tensão nas negociações sobre tarifas impostas pelos Estados Unidos.

Vieira prestou os esclarecimentos na Comissão de Relações Exteriores e de Defesa Nacional (CREDN) da Câmara dos Deputados, onde foi convocado para tratar de diversos assuntos relacionados à política externa. Deputados aproveitaram a sessão para questionar a condução do Itamaraty frente aos desafios comerciais e geopolíticos.

O ministro destacou que a expectativa é de que os dois chefes de Estado mantenham um contato telefônico antes do encontro oficial. Segundo ele, a aproximação abre margem para avanços concretos nas relações bilaterais. “As referências positivas foram relevantes e alimentam nosso otimismo sobre os próximos passos”, afirmou.

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postado em 01/10/2025 14:27 / atualizado em 01/10/2025 14:28
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