COP30

FAB define áreas de exclusão aérea em Belém durante a COP30

Voos precisam de autorização especial da Aeronáutica para cruzar o espaço aéreo da capital paraense. Caças de combate terão autorização para abater "aeronaves hostis"

Serão ativadas três áreas de restrição aérea, em raios que terão como ponto de referência o hangar do Centro de Convenções da Amazônia -  (crédito: FAB Divulgação)
Serão ativadas três áreas de restrição aérea, em raios que terão como ponto de referência o hangar do Centro de Convenções da Amazônia - (crédito: FAB Divulgação)

O espaço aéreo de Belém sofrerá severas restrições de voo durante a Cúpula de Líderes da 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP30), nos dias 6 e 7 de novembro. As medidas de defesa aeroespacial da capital paraense foram anunciadas nesta terça-feira (4/11), pelo comando da Força Aérea Brasileira (FAB).

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Serão ativadas três áreas de restrição aérea, em raios que terão como ponto de referência o hangar do Centro de Convenções da Amazônia, onde os chefes de Estado e de governo se reunirão, com diferentes graus de segurança.A área branca, chamada “reservada”, atingirá um raio de 148 km do hangar e exigirá autorização prévia de voos.

Para sobrevoar as áreas amarela (restrita), com raio de 111km; e vermelha (proibida), com raio de 8km, é preciso que o plano de voo seja submetido previamente a um processo de autorização pelo próprio Comando de Operações Aeroespaciais (Comae) da Aeronáutica.

Haverá, ainda, uma área de “supressão” de voos, com raio de 2km a partir do Centro de Convenções. “Poderão adentrar, manter-se ou sair (dessa área) somente aeronaves cumprindo missões de apoio à vida humana mediante estrita autorização da Autoridade de Defesa Aeroespacial”, explicou a Força, em nota. A ativação das áreas se dará 1h antes do início dos eventos da cúpula, e permanecerá ativa até 1h após o encerramento das reuniões.

Um decreto do governo federal, publicado na semana passada, define os critérios para classificar aeronaves “suspeitas ou hostis” e autoriza, “em situações extremas, a adoção de medidas progressivas de averiguação, intervenção,persuasão e, em último caso, destruição da aeronave hostil, sob coordenação operacional do Comae”, informou a FAB.

Armamento

Uma das preocupações da FAB é impedir o sobrevoo de drones nas áreas de segurança em torno do hangar e, principalmente, nas proximidades do Aeroporto de Belém. Para identificar e neutralizar esse tipo de equipamento, os militares usarão antidrones, visto o “aumento exponencial” de drones operado remotamente nas proximidades do terminal.

Aviões de caça F-5, com mísseis Python 4, e A-29 Super Tucano sobrevoarão ininterruptamente a capital paraense durante as reuniões da cúpula. De acordo com o comandante do Comae, tenente-brigadeiro do ar Alcides Teixeira Barbacovi, o cargueiro KC-390 Millennium, fabricado pela Embraer, será usado para realizar reabastecimento em pleno voo das aeronaves de ataque. “Para nós, será um tanque de combustível no ar, fazendo com que o F-5 possa voar o tempo todo”, explicou o comandante.

Medidas semelhantes foram adotadas pelo governo brasileiro no ano passado, por ocasião da Cúpula do G20 (grupo de países mais ricos do planeta), e, em julho deste ano, durante a reunião de chefes de Estado do Brics (grupo de países emergentes liderado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul).

 

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postado em 04/11/2025 17:49 / atualizado em 04/11/2025 17:57
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