
O governo da Bahia anunciou nesta terça-feira (4/10) a Operação Freedom, destacando que as ações de segurança devem respeitar direitos e evitar abusos. O governador Jerônimo Rodrigues afirmou que "o papel do Estado é garantir ordem e mediar conflitos", sem recorrer à violência extrajudicial.
A ação envolveu a Polícia Civil e Militar da Bahia, a Civil do Ceará e a Polícia Federal, resultando na prisão de 35 pessoas ligadas ao Comando Vermelho. Entre os detidos está um casal apontado como responsável pelo tráfico de drogas e pela administração financeira da facção. Um homem morreu ao reagir à prisão, embora não estivesse entre os alvos judiciais.
O episódio gerou protestos no bairro Uruguai, em Salvador, onde manifestantes bloquearam ruas próximas ao Viaduto dos Motoristas e à Rua Luiz Régis Pacheco. Polícia e bombeiros conseguiram liberar o tráfego, reforçando a presença de agentes na região.
Segundo a secretaria estadual de Segurança Pública, a investigação começou em 2022 e apontou que os suspeitos participaram de ao menos 30 assassinatos em Salvador e na expansão do Comando Vermelho para outras cidades. O delegado-geral da Polícia Civil, André Viana, afirmou que a operação teve foco em "desarticular estruturas armadas e financeiras sem atingir inocentes ou policiais".
A Justiça determinou o bloqueio de até R$ 1 milhão em 51 contas ligadas aos investigados, recursos que poderão ser utilizados em futuras ações contra a criminalidade. O secretário de Justiça e Direitos Humanos, Felipe Freitas, destacou que "é possível atuar de forma rigorosa contra facções sem violar normas", priorizando a preservação de vidas e a responsabilização legal.
*Estagiária sob a supervisão de

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