
O secretário de Segurança Pública de São Paulo, Guilherme Derrite (PP), foi exonerado do cargo nesta quarta-feira (5/10) para reassumir o mandato de deputado federal e relatar o projeto de lei que equipara facções criminosas a organizações terroristas. A previsão é que o afastamento do governo Tarcísio de Freitas (Republicanos) dure cerca de uma semana, até a conclusão das votações na Câmara dos Deputados.
Siga o canal do Correio no WhatsApp e receba as principais notícias do dia no seu celular
O texto, de autoria do deputado Danilo Forte (União-CE), foi apresentado em março e ganhou força após a operação contra o Comando Vermelho (CV) no Rio de Janeiro, que deixou 121 mortos, segundo dados oficiais. A proposta também atinge o Primeiro Comando da Capital (PCC) e as milícias.
Inicialmente, a relatoria ficaria com Nikolas Ferreira (PL-MG), que abriu mão do posto em favor de Derrite. A movimentação é vista como parte de uma estratégia política para projetar o secretário na corrida eleitoral de 2026 — ele já declarou intenção de disputar uma vaga no Senado por São Paulo.
Na última segunda-feira (3), o presidente da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara, Paulo Azi (União-BA), incluiu o projeto na pauta do colegiado. Embora o texto tenha urgência aprovada, o que dispensaria a análise pelas comissões, Azi decidiu submetê-lo à CCJ diante dos questionamentos sobre sua constitucionalidade.
“O que me fez tomar essa iniciativa é que estão ocorrendo questionamentos sobre a constitucionalidade da matéria, e o foro próprio para essa discussão é lá na comissão”, justificou o parlamentar.

Política
Política
Política