Segurança pública

Derrite deixa secretaria em SP para assumir relatoria de projeto sobre facções

Retorno temporário à Câmara busca fortalecer imagem do secretário para disputa ao Senado em 2026

O secretário de Segurança de São Paulo, Guilherme Derrite, foi exonerado temporariamente para reassumir o mandato na Câmara e relatar o projeto que classifica facções como organizações terroristas -  (crédito: Lula Marques/Agência Brasil)
O secretário de Segurança de São Paulo, Guilherme Derrite, foi exonerado temporariamente para reassumir o mandato na Câmara e relatar o projeto que classifica facções como organizações terroristas - (crédito: Lula Marques/Agência Brasil)

O secretário de Segurança Pública de São Paulo, Guilherme Derrite (PP), foi exonerado do cargo nesta quarta-feira (5/10) para reassumir o mandato de deputado federal e relatar o projeto de lei que equipara facções criminosas a organizações terroristas. A previsão é que o afastamento do governo Tarcísio de Freitas (Republicanos) dure cerca de uma semana, até a conclusão das votações na Câmara dos Deputados.

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O texto, de autoria do deputado Danilo Forte (União-CE), foi apresentado em março e ganhou força após a operação contra o Comando Vermelho (CV) no Rio de Janeiro, que deixou 121 mortos, segundo dados oficiais. A proposta também atinge o Primeiro Comando da Capital (PCC) e as milícias.

Inicialmente, a relatoria ficaria com Nikolas Ferreira (PL-MG), que abriu mão do posto em favor de Derrite. A movimentação é vista como parte de uma estratégia política para projetar o secretário na corrida eleitoral de 2026 — ele já declarou intenção de disputar uma vaga no Senado por São Paulo.

Na última segunda-feira (3), o presidente da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara, Paulo Azi (União-BA), incluiu o projeto na pauta do colegiado. Embora o texto tenha urgência aprovada, o que dispensaria a análise pelas comissões, Azi decidiu submetê-lo à CCJ diante dos questionamentos sobre sua constitucionalidade.

“O que me fez tomar essa iniciativa é que estão ocorrendo questionamentos sobre a constitucionalidade da matéria, e o foro próprio para essa discussão é lá na comissão”, justificou o parlamentar.

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Por Wal Lima
postado em 06/11/2025 14:48 / atualizado em 06/11/2025 14:48
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