BRASÍLIA SUMMIT

"Mulheres já ocupam 42% dos cargos de comando no DF, diz Celina Leão

Na quarta edição do Brasília Summit - Correio Braziliense, que discutiu o tema "Mulheres líderes", a vice-governadora também destacou o problema da violência de gênero. A deputada federal Greyce Elias reforçou: "Mulheres não podem ser mortas por serem mulheres"

A vice-governadora do DF, Celina Leão, no primeiro painel do Brasília Summit desta terça-feira (11/11) -  (crédito: Marcelo Ferreira/C.B/D.A Press)
A vice-governadora do DF, Celina Leão, no primeiro painel do Brasília Summit desta terça-feira (11/11) - (crédito: Marcelo Ferreira/C.B/D.A Press)

A presença da mulher em espaços de decisão do setor privado e na gestão pública foi o primeiro tema em debate do 4º Brasília Summit Lide - Correio Braziliense, em um painel aberto pela vice-governadora do Distrito Federal, Celina Leão (Progressistas). Para ela, a presença cada vez maior de mulheres na política e, particularmente, em cargos de chefia no GDF, “está transformando” a gestão pública. “As mulheres levam alma para a política”, disse ela.

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Mulheres líderes do setor público e privado se reuniram na manhã desta terça-feira (11/11), no Brasília Palace Hotel, para debater o impacto da gestão feminina nas mais diversas áreas.

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Na ocasião, a vice-governadora lamentou que essa representação feminina citada por ela ainda não reflita a quantidade de mulheres na sociedade brasileira. Ela apresentou dados do IBGE que corroboram essa sub-representação feminina em cargos de comando: as mulheres ocupam apenas 39% dos cargos de gestão na iniciativa privada. “No DF, trouxe dados que mostram que já superamos 42%. E somos 54% da população."

Celina Leão destacou, em sua participação, o problema da violência contra a mulher, que deve ser alvo de enfrentamento diário. “Ainda há um longo caminho a ser percorrido. Nós ainda perdemos mulheres para o feminicídio, e tivemos, no ano passado, 20 mil ocorrências de violência contra as mulheres”, alertou.

“Uma sociedade que se pauta pela igualdade e pelo respeito, seja na iniciativa privada ou na gestão pública, não pode ter índices como esses de violência contra mulheres”, declarou Celina Leão, que também cobrou maior presença feminina no Poder Judiciário.

Transparência

Na sequência, a deputada federal Greyce Elias (Avante-MG) reforçou a necessidade de se combater a violência contra as mulheres. “Mulheres não podem ser mortas apenas por serem mulheres”, disse ela. E saudou a presença de homens no simpósio promovido pelo Lide/Correio Braziliense. “Gosto de ver homens em debates femininos, só dessa forma vamos conseguir mudar uma cultura de violência contra a mulher e de machismo de uma geração. As mulheres têm que ocupar os espaços que lhe são de direito.”

LIDE | 4º Summit Brasília
Deputada Greyce Elias (Avante-MG) reforçou a necessidade de se combater a violência contra as mulheres (foto: Marcelo Ferreira/C.B/D.A Press)

Sobre a capacidade das mulheres de empreender e ocupar postos de comando, Greyce Elias afirmou, baseada em dados, que gestões lideradas por mulheres “tendem a ter mais transparência, empatia e foco em resultados sociais, tanto no setor público, quanto no privado”. Para ela, “incentivar e capacitar as mulheres não é um detalhe, é uma questão de estratégia”.

A deputada federal também apresentou dados do Banco Mundial, de 2023, que mostram que “empresas com maior diversidade de gênero apresentam lucros de 20% a 25% maiores que a média”. E complementou com a informação de que lideranças femininas tendem a gerar mais confiança nas pessoas. “Estudo da OCDE (Organização para Cooperação do Desenvolvimento Econômico, que reúne as economias mais desenvolvidas do mundo) de 2022 mostra que países com maior participação feminina na alta gestão pública apresentam níveis mais altos de confiança social e menor percepção de corrupção.”

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postado em 11/11/2025 15:35 / atualizado em 11/11/2025 17:41
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