Caiado apoia classificação de terrorismo para crime organizado

Governador de Goiás e integrantes do Consórcio da Paz, que reúne políticos de direita, estão reunidos com Hugo Motta para tratar do PL Antifacção

O governador disse ainda que, caso o projeto não seja aprovado agora, ele pretende fazer assim que assumir a presidência da República, reafirmando sua candidatura nas eleições de 2016 -  (crédito: Vanilson Oliveira )
O governador disse ainda que, caso o projeto não seja aprovado agora, ele pretende fazer assim que assumir a presidência da República, reafirmando sua candidatura nas eleições de 2016 - (crédito: Vanilson Oliveira )

O governador de Goiás, Ronaldo Caiado (União-GO) declarou nesta quarta-feira (12/11) que é a favor que se mantenha, no texto do PL 5.582/25 — que trata do aumento de penas contra o crime organizado —, o trecho que classifica o crime organizado como terrorismo. O comentário foi feito depois do encontro com outros governadores de direita, na na sede da Frente Parlamentar do Livre Mercado, em Brasília. 

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Ele disse que mantém seu posicionamento em relação ao texto do relator, deputado Guilherme Derrite (PP-SP). “Sou defensor de que se inclua o terrorismo, mas eu não estou no Plenário (da Câmara). Sou um governador. Já fui deputado e senador. Quem constrói o texto é o relator”, disse. Ele garante que o tema é de interesse nacional e que 80% da população apoia o projeto, que endurece as penas contra o crime organizado.

Caiado, a vice-governadora do DF, Celina Leão, e os governadores Jorginho Mello (SC) e Romeu Zema (MG) — que integram o autodenominado Consórcio da Paz — participaram de um almoço com parlamentares e com Derrite. Eles, agora, estão reunidos com o presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB).

O governador de Goiás disse, ainda, que, caso o projeto não seja aprovado neste instante, ele pretende fazer caso consiga se eleger presidente da República, reafirmando sua candidatura nas eleições de 2016. “Se estivesse no Plenário, defenderia. Se não for aprovado agora, assumindo a Presidência faço, como primeiro ato, o envio do projeto de terrorismo para os faccionados”, garantiu. 

Ele disse que a legislação é branda contra os integrantes de organizações criminosas e que precisa ser melhorada com o endurecimento das penas. “É preciso avançar na legislação específica para quem comete crimes graves, como incêndios criminosos que desestabilizam economias inteiras. Isso não pode ser crime afiançável", afirmou. 

Ele criticou, ainda, as audiências de custódia, que acabam fazendo com que a polícia trabalhe na captura, mas logo os criminosos recebem autorização para serem soltos. “A audiência de custódia não pode ser para todo crime que o preso cometeu. Isso desmoraliza o policial. O policial prende, hoje, um criminoso por roubar um celular e, amanhã, ele está de volta à audiência por outro crime. Isso desmoraliza o trabalho policial”, criticou. 

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postado em 12/11/2025 17:16
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