
Um dia antes da votação do Projeto de Lei Antifacção, prevista para esta terça-feira (18/11), o líder do PL na Câmara, Sóstenes Cavalcante (RJ), afirmou que insistirá na apresentação do destaque que equipara traficantes e integrantes do crime organizado a terroristas, caso o relator, deputado Guilherme Derrite (PP-SP), não inclua as modificações defendidas pelo partido.
“O plenário será soberano. Tenho convicção de que direita e centro votarão a favor, e espero que até a esquerda possa realmente ajudar a segurança pública”, disse o deputado.
Questionado sobre a possibilidade de a proposta do destaque afastar investidores ou abrir brechas para interferência internacional, Sóstenes negou qualquer risco. Segundo ele, o problema é outro. “O que afasta investimento é o crime organizado. Não existe esse risco de intervenção. O que há é insegurança provocada por criminosos”, frisou.
O parlamentar fez críticas a empresas multinacionais instaladas no Rio de Janeiro, que, de acordo com ele, operam em áreas dominadas por facções e acabam contratando grupos ligados ao tráfico para garantir segurança. “Isso é inaceitável. Essas empresas estão contribuindo para que o crime continue ali”, argumentou.
Apesar de defender um debate mais prolongado, Sóstenes afirmou que a bancada do PL votará o texto nesta terça. Segundo ele, o Executivo pressiona pela votação imediata para evitar desgaste. “O governo está incomodado e sabemos o porquê. O governo é um fracasso na segurança pública. (...) Já que o governo tem medo do assunto e quer votar amanhã, não tem problema: votaremos a favor e apresentaremos o destaque”, pontuou o líder.
Articulação por apoio
Sóstenes afirmou já ter buscado apoio de outras legendas. “Conversei com o líder (Doutor) Luizinho (do PP). Teremos apoio. Falei com Pedro Lucas, do União Brasil. Também procurarei o PSD”, disse. Segundo ele, com esses partidos, o grupo já se aproxima de maioria para aprovar a mudança desejada.
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