Segurança pública

CPI do Crime Organizado iniciará oitivas com governadores em dezembro

Colegiado chamará 22 autoridades, entre elas Ibaneis Rocha (Distrito Federal), Cláudio Castro (Rio de Janeiro) e Tarcísio de Freitas (São Paulo)

O governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro (PL) -  (crédito: Geraldo Magela/Agência Senado)
O governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro (PL) - (crédito: Geraldo Magela/Agência Senado)

A CPI do Crime Organizado deve começar a ouvir governadores e secretários de Segurança Pública já na primeira semana de dezembro. O anúncio foi feito nesta quarta-feira (19/11) pelo presidente da comissão, senador Fabiano Contarato (PT-ES), após a aprovação dos requerimentos de convocação no primeiro dia de trabalhos, ontem (18).

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Ao todo, 22 autoridades de 11 unidades da Federação serão convidadas, incluindo governadores e responsáveis pelas pastas de segurança de seus respectivos estados. A ordem das oitivas ainda será definida por Contarato e pelo relator do colegiado, senador Alessandro Vieira (MDB-SE). Ambos defendem que as audiências aprofundem o diagnóstico do avanço das facções e da deficiência do sistema de combate ao crime organizado no país.

A sessão desta quarta contou com o depoimento do diretor de Inteligência Penal da Secretaria Nacional de Políticas Penais, Antônio Glautter de Azevedo Morais. Durante a abertura da CPI, Contarato criticou a fragilidade estrutural do sistema penitenciário brasileiro, que, segundo ele, favorece o crescimento e o controle das organizações criminosas dentro e fora das unidades prisionais.

O senador classificou como “inadmissível” a existência de uma “Justiça paralela” comandada por facções a partir das celas e afirmou que as ordens de criminosos circulam com mais rapidez do que informações oficiais. Para ele, o cenário é resultado da ausência de padronização e integração entre estados e unidades de custódia.

Segundo Contarato, cada presídio opera de forma isolada, com regras e rotinas próprias. Essa fragmentação, apontou, dá vantagem às organizações criminosas, que conseguem se articular nacionalmente enquanto esferas estaduais atuam de maneira desconectada e com metodologias distintas.

Entre os governadores convidados estão Clécio Luís (Amapá), Jerônimo Rodrigues (Bahia), Raquel Lyra (Pernambuco), Elmano de Freitas (Ceará), Paulo Dantas (Alagoas), Jorginho Melo (Santa Catarina), Ratinho Júnior (Paraná), Eduardo Leite (Rio Grande do Sul), Ibaneis Rocha (Distrito Federal), Cláudio Castro (Rio de Janeiro) e Tarcísio de Freitas (São Paulo), além de seus respectivos secretários de Segurança Pública.

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postado em 19/11/2025 10:55
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