
O ministro Alexandre de Moraes afirmou que Jair Bolsonaro tentou romper a tornozeleira eletrônica por volta da meia-noite deste sábado para “garantir êxito em sua fuga”. A informação consta na decisão que determinou a prisão preventiva do ex-presidente. Bolsonaro foi detido na manhã deste sábado em Brasília, por ordem do Supremo Tribunal Federal. Marcelo Agner, editor da primeira página do Correio Braziliense, falou sobre o caso durante a programação da Super Rádio Tupi. Ouça:
“Essa decisão de prender o presidente Bolsonaro foi tomada de madrugada. Segundo Moraes, nessa decisão houve uma tentativa de rompimento da tornozeleira eletrônica que ele usa há pelo menos um mês, enquanto estava em prisão domiciliar. Houve sinais de que essa tornozeleira teria sido rompida. Soma-se a isso a convocação feita ontem pelo filho de Bolsonaro, o senador Flávio Bolsonaro, para uma vigília contra a prisão.”
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Agentes da Polícia Federal chegaram ao condomínio do ex-presidente por volta das 6h e deixaram o local cerca de meia hora depois. Ele foi levado diretamente para a Superintendência da PF no Distrito Federal.
Saiba Mais
O que diz o STF sobre a tentativa de violação?
Segundo o texto assinado por Moraes, a intenção de Bolsonaro era retirar o equipamento de monitoramento eletrônico. A tentativa ocorreu poucas horas antes da operação policial que resultou na detenção.
A decisão aponta que a violação da tornozeleira configurou risco de fuga e justificou a prisão preventiva.
Como a PF descreveu a operação?
Em nota, a corporação declarou: “A Polícia Federal cumpriu neste sábado, em Brasília, um mandado de prisão preventiva em cumprimento a decisão do Supremo Tribunal Federal”. A ação seguiu diretamente para a transferência do ex-presidente à sede da instituição.
Entenda a prisão
O ex-presidente Jair Bolsonaro foi preso na manhã deste sábado (22/11), na casa dele, no Jardim Botânico, em Brasília. Ele está detido agora na Superintendência da Polícia Federal, no Setor Policial Sul, onde aguarda audiência de custódia, marcada para este domingo.
A prisão é preventiva, sem prazo determinado, e foi solicitada pela Polícia Federalao Supremo Tribunal Federal (STF). A Procuradoria-Geral da República (PGR) concordou com o pedido.
A prisão preventiva de Bolsonaro não tem relação direta com a condenação na trama golpista, mas, sim, com a quebra reiterada de medidas cautelares impostas pelo Supremo Tribunal Federal (STF).
Segundo os investigadores, o ex-presidente mexeu na tornozeleira eletrônica às 0h08 deste sábado, violou regras de monitoramento, manteve contatos proibidos e estimulou movimentações políticas mesmo sob restrições.

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