
O deputado federal Luciano Zucco (PL-RS) concedeu entrevista coletiva, na tarde deste sábado (22/11), em frente ao condomínio onde mora Jair Bolsonaro, após a decretação da prisão preventiva do ex-presidente pela Polícia Federal. O parlamentar classificou o episódio como um “momento histórico de ataque à democracia” e afirmou que a mobilização dos aliados pretende dar apoio político e emocional à família do ex-chefe de Estado.
Zucco ressaltou que os porta-vozes oficiais da família são os filhos Flávio, Carlos, Renan e Eduardo Bolsonaro, além da ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro. Para o deputado, a decisão judicial reforça uma escalada de medidas que começou com a tornozeleira eletrônica, passou pelo regime domiciliar e chegou à prisão preventiva.
O parlamentar criticou ainda denúncias sobre a realização de uma vigília religiosa, convocada pelo senador Flávio Bolsonaro, para a noite deste sábado. Zucco afirmou que acusações de que a concentração poderia representar ilegalidade ou risco institucional seriam parte de um ambiente de perseguição. “Estão dizendo que rezar agora é crime. Nós acreditamos na fé, na família. Não é questão de esquerda ou direita, já virou questão de humanidade”, disse.
O deputado também afirmou que a bancada da oposição deve reforçar, no Congresso, a defesa de uma anistia para envolvidos em ações investigadas nos últimos anos. Ele disse já ter comunicado ao presidente da Câmara, Chico Mota, que o tema deve ganhar prioridade nas votações da próxima semana, citando que medidas semelhantes ocorreram em outros momentos históricos do país.
Visivelmente contrariado, Zucco lembrou o histórico clínico de Bolsonaro, mencionando a facada e posteriores cirurgias. Segundo ele, o ex-presidente, hoje com mais de 70 anos, tem apresentado episódios de soluços, vômitos e dores abdominais, o que tornaria a prisão um ato desumano. “Estamos falando de alguém que, em nenhum momento, representou risco, até porque há uma equipe permanente da Polícia Federal na residência”, afirmou.
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Ao encerrar, Zucco disse que Flávio e Carlos Bolsonaro estavam “extremamente emocionados” e pediu que a imprensa entendesse a sensibilidade do momento. A vigília deve ocorrer com a presença de líderes religiosos, e eventuais detalhes sobre os próximos passos ficarão a cargo da família.

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