As expectativas do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva foram frustrada após o chanceler da Alemanha, Frederich Merz, não confirmar, nesta sexta-feira (7/11), os valores que serão investidos no Fundo de Investimento Florestas Tropicais para Sempre (TFFF).
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O governo alemão, segundo anunciou ontem (6) em coletiva de imprensa o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, poderia garantir os valores de aportes no TFFF. Lançado na Cúpula de Líderes da COP30, o Fundo de Proteção às Florestas Tropicais prevê que países e o capital privado invistam no modelo de financiamento em prol de nações que conservem sua área verde.
Até o momento, anunciaram investimento no Fundo países como Brasil (US$ 1 bilhão), Indonésia (US$ 1 bilhão), Noruega (US$ 3 bilhões), França (US$ 500 milhões), Portugal (€ 1 milhão) e Holanda (US$ 5 milhões).
Embora não tenha citado o valor que aportará no Fundo Florestas Tropicais para Sempre, Frederich Merz garantiu que a Alemanha fará um investimento com "quantias generosas". "Se a Alemanha diz que a quantia será considerável é porque será considerável”, pontuou Merz, sem cravar uma cifra.
Reunião de líderes da COP30
A declaração de Merz ocorreu após o chanceler alemão ter se reunido com o presidente Lula, em Belém. Em referência ao combate das mudanças climáticas, o líder brasileiro declarou, nesta sexta-feira, que o país vai criar um fundo para usar recursos do petróleo no financiamento da transição energética.
O petista não deixou claro, no entanto, se esse novo fundo será feito de maneira interna no Brasil, ou se haverá um mecanismo aberto a outras nações como o Fundo Florestas Tropicais para Sempre.
"Há espaço para explorar mecanismos inovadores de troca de dívida por financiamento de iniciativas de mitigação climática e transição energética. Direcionar parte dos lucros com a exploração de petróleo para transição energética permanece um caminho válido para os países em desenvolvimento", discursou o chefe do Executivo.
