Legislativo

'Disputa entre direita e esquerda não me move', diz Motta sobre segurança

Nas redes sociais, o presidente da Câmara disse que partidos de esquerda e direita podem disputar pelo PL Antifacção, mas que apenas o endurecimento de penas e fim da impunidade o interessam

O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), declarou nesta sexta-feira (14/11) que a disputa entre direita e esquerda sobre o PL Antifacção, que tramita na Casa, não o "move". Para ele, o que importa é o endurecimento de penas, enfrentamento à impunidade e apresentar soluções para a sociedade em segurança pública.

Motta é criticado por governistas pela escolha do relator do texto, Guilherme Derrite (PP-SP), aliado do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), o que foi visto como um movimento contra o governo. Derrite fez uma série de alterações na medida, recuando e apresentando novas versões após críticas, e rebatizou o projeto para Marco Legal da Segurança.

"O debate sobre o Marco Legal de Combate ao Crime Organizado tomou conta do Brasil. Está nas rodas de conversa, nas redes e na imprensa e isso é ótimo. É o sinal de uma democracia viva! Os partidos podem brigar por narrativas, a direita ou a esquerda podem dizer que venceram a disputa das redes", escreveu Motta em suas redes sociais.

"Essa disputa não me move. O que me move é o essencial: endurecer penas, enfrentar a impunidade e responder ao pedido mais legítimo da sociedade: o direito de viver em paz e com segurança", acrescentou.

Disputa no Congresso Nacional

O tema da segurança pública virou embate entre governo e oposição na Câmara dos Deputados. Enquanto a base governista tenta aprovar um texto o mais próximo possível à redação do PL Antifacção, de autoria do Executivo, a oposição tenta aprovar medidas mais duras, como a equiparação do crime organizado com o terrorismo.

Em meio à disputa, Motta adiou a votação para a próxima terça-feira (18/11).

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