O diretor de Inteligência Penal da Secretaria Nacional de Políticas Penais, Antônio Glautter de Azevedo Morais, afirmou, nesta quarta-feira (19/11), que a Polícia Penal segue atuando em condições precárias e permanece “invisível” dentro do sistema de segurança pública. A declaração foi feita durante audiência da CPI do Crime Organizado, no Senado, dedicada a discutir a infiltração de facções criminosas nas penitenciárias brasileiras.
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Glautter ressaltou que as principais organizações criminosas do país nasceram dentro dos presídios e se fortaleceram devido à falta de controle estatal. Para ele, a inteligência penal precisa ser tratada como eixo estratégico no combate às facções, com fortalecimento de equipes, acesso a tecnologia e integração com outros órgãos de investigação.
O presidente da comissão, senador Fabiano Contarato (PT-ES), reforçou a avaliação e afirmou que o sistema prisional perdeu o domínio sobre as unidades, que teriam se transformado em verdadeiros “escritórios do crime”. O parlamentar defendeu mais investimentos e articulação entre União, estados e órgãos de segurança para recuperar a autoridade do Estado dentro das penitenciárias.
A CPI do Crime Organizado ouve autoridades e planeja novas convocações para mapear falhas estruturais, apontar responsabilidades e elaborar propostas para reestruturar o modelo penitenciário nacional.
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