O chanceler alemão Friedrich Merz voltou a comentar sobre a capital paraense. Ele afirmou, nesta quarta-feira (19/11), que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva “também aceitará” sua declaração de que a Alemanha é “um dos países mais bonitos do mundo”, mesmo após a recente troca de farpas entre os dois.
"Eu estou ansioso pelo próximo encontro com o presidente Lula. Tivemos em Belém um encontro pessoal muito bom. Hoje à tarde houve uma conversa do ministro alemão do Meio Ambiente, Carsten Schneider, com o presidente Lula, e eu pedi que ele transmitisse a ele os meus mais cordiais cumprimentos. Parto do princípio de que teremos mais uma boa conversa na África do Sul, sem qualquer peso ou constrangimento", iniciou Merz.
O encontro em questão será na Cúpula do G20, que acontecerá no país africano neste final de semana, entre os dias 22 e 23. "Eu disse que a Alemanha é um dos países mais bonitos do mundo e eu acho que o presidente Lula provavelmente também aceitará isso. Espero que consigamos chegar a decisões comuns na África do Sul", complementou Merz.
A fala ocorre dias depois o Chanceler relatar, durante um evento em Berlim, que nenhum dos jornalistas que o acompanharam à COP30 gostaria de permanecer em Belém e que todos estariam felizes por retornar ao país europeu. "Senhoras e senhores, nós vivemos em um dos países mais bonitos do mundo. Perguntei a alguns jornalistas que estiveram comigo no Brasil na semana passada: 'Quem de vocês gostaria de ficar aqui?' Ninguém levantou a mão. Todos ficaram contentes por termos retornado à Alemanha, a noite de sexta para sábado, especialmente daquele lugar onde estávamos", disse o chanceler em 13 de novembro, no Congresso Alemão do Comércio.
Lula respondeu com ironia, dizendo que Merz deveria ter ido a um boteco, dançado carimbó e experimentado a culinária paraense antes de comparar a cidade com a Alemanha, e arrematou que Berlim “não oferece nem dez por cento da qualidade” do Pará.
Ao comentar novamente o episódio, o chanceler afirmou não ver motivo para crise entre os países e insistiu que sua intenção era apenas elogiar a paisagem alemã. O caso, porém, evidenciou como observações aparentemente despretensiosas podem ganhar contornos geopolíticos quando pronunciadas por chefes de governo, sobretudo em um momento em que Brasil e Alemanha buscam aprofundar a cooperação ambiental e comercial.
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