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Tarcísio reage à prisão de Bolsonaro: 'Injustiça'

Governador de São Paulo classifica a decisão de "injustiça" e critica retirada do ex-presidente de casa. Manifestação reforça sua posição como liderança mais forte do campo conservador caso Bolsonaro continue preso

O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), reagiu à prisão preventiva de Jair Bolsonaro e divulgou uma nota em que critica a decisão do ministro Alexandre de Moraes. No comunicado divulgado nas redes sociais, Tarcísio afirma que o ex-presidente tem enfrentado “todos os ataques e todas as injustiças com a firmeza e a coragem de poucos” e considera “irresponsável” a retirada de Bolsonaro de casa, citando seu estado de saúde e laudos médicos que, segundo ele, teriam sido desconsiderados.

Para o governador, a prisão atenta contra “o princípio da dignidade humana” e representa mais um episódio de perseguição contra o ex-presidente. Ele afirma que Bolsonaro é inocente e que “o tempo mostrará”, encerrando a nota com a promessa de seguir “lutando para que essa injustiça seja reparada o quanto antes”.

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A manifestação, embora centrada na defesa do ex-presidente, tem impacto direto no cenário político. Com Bolsonaro impedido de atuar plenamente e agora preso preventivamente, Tarcísio se consolida como a figura mais forte da direita nacional. Seu posicionamento imediato, firme e organizado reforça a leitura de que ele é hoje o nome com maior capacidade de liderança dentro do campo conservador caso Bolsonaro não seja solto nos próximos dias.

Procurado pelo Correio, o governo paulista não ampliou o conteúdo da nota.


Entenda a prisão

O ex-presidente Jair Bolsonaro foi preso na manhã deste sábado (22/11), na casa dele, no Jardim Botânico, em Brasília. Ele está detido agora na Superintendência da Polícia Federal, no Setor Policial Sul, onde aguarda audiência de custódia, marcada para este domingo.

A prisão é preventiva, sem prazo determinado, e foi solicitada pela Polícia Federalao Supremo Tribunal Federal (STF). A Procuradoria-Geral da República (PGR) concordou com o pedido.

A prisão preventiva de Bolsonaro não tem relação direta com a condenação na trama golpista, mas, sim, com a quebra reiterada de medidas cautelares impostas pelo Supremo Tribunal Federal (STF).

Segundo os investigadores, o ex-presidente mexeu na tornozeleira eletrônica às 0h08 deste sábado, violou regras de monitoramento, manteve contatos proibidos e estimulou movimentações políticas mesmo sob restrições.

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