
A demissão dos ex-delegados da Polícia Federal Anderson Torres e Alexandre Ramagem, condenados pela participação na trama golpista que culminou nos atos antidemocráticos de 8 de janeiro, foi publicada nesta quinta-feira no Diário Oficial da União (DOU). As destituições, assinadas pelo ministro da Justiça e Segurança Pública (MJSP) Ricardo Lewandowski, cumprem a decisão da Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF), que prevê a perda de cargo público pelos réus.
As portarias que determinam a demissão foram assinadas na quarta-feira (3/12) pelo chefe da pasta. A remuneração mensal dos dois como servidores públicos não pode ser acessada, já que as planilhas da Polícia Federal no Portal da Transparência têm o nome mascarado dos servidores por questões de segurança.
Anderson Torres, que ocupou cargo de ministro da Justiça durante o governo de Jair Bolsonaro (PL) e de chefe da Segurança Pública do Distrito Federal durante os atos golpistas, cumpre pena no prédio do 19º Batalhão de Polícia Militar do DF, no Complexo Penitenciário da Papuda, conhecido como "Papudinha". O réu foi condenado a 24 anos pelos crimes de organização criminosa armada, abolição violenta do estado de direito, golpe de estado, dano qualificado ao patrimônio público e deterioração de patrimônio tombado.
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Já Alexandre Ramagem, diretor da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) na época dos crimes, é considerado foragido nos Estados Unidos. O réu foi condenado a 16 anos, um mês e 15 dias de reclusão. Por já estar diplomado como deputado federal na data dos atos antidemocráticos de 8 de janeiro, ele não foi julgado pelos crimes de dano qualificado ao patrimônio público e deterioração de patrimônio tombado.
Mesmo após o desligamento, processos administrativos disciplinares (PADs) continuam em andamento contra os dois.

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