
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou nesta quinta-feira (4/12) que o governo pode "apressar" o fim da escala 6x1, e pediu ajuda a empresários do Conselho de Desenvolvimento Econômico Social e Sustentável (CNDES), o "Conselhão", para estudar a proposta.
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O petista disse que não haveria prejuízo econômico com a limitação da jornada a 40 horas semanais, e mencionou que a presidente do México, Claudia Sheinbaum, anunciou nesta semana a redução da escala no país até 2030.
"Eu queria que esse conselho estudasse com muito carinho essa proposta da jornada de trabalho, para acabar com essa coisa de 6x1, porque não tem mais sentido nesse país, com os avanços tecnológicos", disse Lula durante a última reunião do ano do Conselhão.
"A gente pode apressar esse fim da escala 6x1 e dar uma jornada menor para o povo trabalhador", acrescentou o presidente.
O Conselhão é formado por empresários e representantes a sociedade civil que aconselham o presidente da República na formulação de políticas públicas.
Mesma jornada
Lula questionou, em sua fala, que a jornada de trabalho não é reduzida desde seus tempos de operário, no ABC Paulista.
"Eu trabalhava, eu ia na porta da Volkswagen às 5h30 da manhã. A Volkswagen tinha 40 mil trabalhadores, produzia 1.200 carros. A gente trabalhava, sabe, a mesma jornada de trabalho que trabalha hoje", contou.
"O que que avançou tecnologicamente que a gente não reduz a jornada de trabalho? Para que serviu todo esse avanço tecnológico, se não resolve reduzir (a jornada)?. O que é reduzir 40 horas? Já são 44 para muita gente. Qual é o prejuízo que tem para o mundo? Nenhum. A presidenta do México aprovou 40 horas semanais", enfatizou.

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