Congresso

Câmara vai definir com líderes votação do PL Antifacção na próxima semana, diz Motta

Texto-base do projeto que endurece penas para organizações criminosas e amplia instrumentos de combate ao crime foi aprovado ontem (10/12) no Senado por 64 votos a favor e nenhum contra

Hugo Motta reforçou que cabe aos deputados acatar ou rejeitar as modificações aprovadas pelos senadores -  (crédito: Julio Dutra/Republicanos)
Hugo Motta reforçou que cabe aos deputados acatar ou rejeitar as modificações aprovadas pelos senadores - (crédito: Julio Dutra/Republicanos)

O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), afirmou que a definição sobre a data de votação do chamado PL Antifacção será tomada na próxima semana, após reunião com o Colégio de Líderes. A sinalização ocorreu nesta quinta-feira (11/12), em resposta a questionamento da imprensa sobre o futuro da proposta, que retornou do Senado com alterações. Ele reforçou que cabe aos deputados acatar ou rejeitar as modificações aprovadas pelos senadores.

Fique por dentro das notícias que importam para você!

SIGA O CORREIO BRAZILIENSE NOGoogle Discover IconGoogle Discover SIGA O CB NOGoogle Discover IconGoogle Discover

Siga o canal do Correio no WhatsApp e receba as principais notícias do dia no seu celular

O Senado aprovou na noite de ontem (10) o projeto que endurece penas para organizações criminosas e amplia instrumentos de combate ao crime, incluindo novas fontes de financiamento — entre elas, até R$ 30 bilhões provenientes de bets — e medidas reforçadas contra a lavagem de dinheiro. O texto, porém, volta à Câmara devido às alterações promovidas pelos senadores.

Entre as mudanças está a retirada da tipificação do crime de “domínio social estruturado”, ponto polêmico introduzido anteriormente, além da retomada da proposta original do governo de atualizar a Lei de Organizações Criminosas, evitando a criação de uma legislação paralela.

Governo e oposição

A votação no Senado evidenciou rara convergência entre aliados do governo Lula e parlamentares da oposição: o texto-base foi aprovado por 64 votos a favor e nenhum contra. Os senadores ainda rejeitaram destaque apresentado pelo Partido Liberal (PL), que buscava equiparar determinadas ações de facções criminosas a crimes de terrorismo.

A proposta, de autoria do governo federal, já havia sido aprovada pela Câmara sob protestos do Palácio do Planalto, após o então relator na Casa, Guilherme Derrite (PP-SP), modificar a redação. As mudanças realizadas no Senado, sob relatoria de Alessandro Vieira (MDB-SE), obtiveram apoio dos governistas.

 

  • Google Discover Icon
postado em 11/12/2025 15:38 / atualizado em 11/12/2025 15:39
x