
A Polícia Federal concluiu, nesta sexta-feira (19/12), que o ex-presidente Jair Bolsonaro, preso na Superintendência da PF, em Brasília, necessita de uma cirurgia para tratamento de uma hérnia inguinal bilateral. A perícia médica foi realizada pelo Instituto Nacional de Criminalística e encaminhada ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).
"Diante do exposto, essa Junta Médica pericial conclui que o periciado Jair Messias Bolsonaro é portador de hérnia inguinal bilateral que necessita reparo cirúrgico em caráter eletivo", aponta o resultado da perícia.
A ultrassonografia foi realizada em 14 dezembro. O médico confirmou o diagnóstico de hérnias inguinais bilaterais, mas apesar disso, não há indicação de de realização da cirurgia em urgência ou emergência.
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"Não há descrição de encarceramento ou estrangulamento da(s) hérnia(s) em nenhum momento, inclusive até a realização da presente perícia", diz o relatório.
O documento indica que houve "piora progressiva" do quadro de hérnia de Bolsonaro, provavelmente causado pelo "aumento da pressão intraabdominal decorrente dos soluços e da tosse crônica".
"O periciando vem se queixando de soluços frequentes e de desconforto inguinal. Em 16/08/2025, o exame tomográfico do abdome não havia detectado alterações herniárias na parede abdominal. Em 07/11/2025 foi descrito em relatório o quadro de hérnia inguinal unilateral, realizado clinicamente, e que se manteve no relatório de 09/12/2025. A ultrassonografia de 14/12/2025 e o exame físico realizado por esses peritos signatários confirmaram o diagnóstico de hérnia inguinal bilateral", diz o documento assinado pelos peritos.
Segundo a defesa de Bolsonaro, o estado de saúde dele é “grave, complexo e progressivamente debilitado. “Ocorre que, desde a última manifestação da defesa, houve evolução objetiva e comprovada do quadro clínico, agora amparada por exame de imagem realizado recentemente e por novo relatório médico conclusivo, que impõem atuação imediata", dizem os advogados ao Supremo.
Bolsonaro está cumprindo a pena de 27 anos e três meses de prisão por uma tentativa de golpe de Estado para se manter no poder mesmo após derrota nas urnas. Ele foi preso em 22 de novembro após violar a tornozeleira eletrônica e descumprir as medidas cautelares impostas pela Justiça.

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