
A bancada do Novo no Congresso Nacional reuniu as assinaturas necessárias para pedir a prorrogação, por mais 120 dias, da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do INSS, que investiga fraudes bilionárias no sistema previdenciário. O requerimento é liderado pelo deputado Marcel van Hattem (Novo-RS) e pelo senador Eduardo Girão (Novo-CE).
Ao todo, o pedido conta com o apoio de 204 parlamentares, sendo 175 deputados federais e 29 senadores. Com esse número, o requerimento atende às exigências regimentais para a extensão automática do prazo de funcionamento da comissão.
A solicitação tem como base o artigo 152 do Regimento Interno do Senado Federal, que autoriza a prorrogação de uma CPI mediante requerimento subscrito por, no mínimo, um terço dos senadores, desde que haja comunicação formal à Mesa Diretora.
Na justificativa apresentada, os parlamentares afirmam que a CPMI ainda analisa um volume expressivo de provas. Entre os dados citados estão mais de 1.500 quebras de sigilo bancário e fiscal, além de centenas de requerimentos de oitivas que ainda aguardam apreciação.
Segundo o documento, as investigações já identificaram indícios da atuação de organizações utilizadas como fachada para a prática de fraudes contra o INSS, o que reforçaria a necessidade de continuidade dos trabalhos da comissão.
Atualmente, o prazo final da CPMI está previsto para 28 de março de 2026. Com a prorrogação, a comissão poderá estender suas atividades até o fim de julho do próximo ano, com o objetivo de concluir um relatório final considerado robusto, capaz de apontar responsabilidades e subsidiar medidas legislativas, judiciais e administrativas.

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