
Preso nesta sexta-feira (26/12) enquanto tentava fugir para El Salvador via Paraguai, o ex-diretor-geral da Polícia Rodoviária Federal está aposentado desde 23 de dezembro de 2022, após 27 anos de trabalho na corporação. Segundo dados do Portal da Transparência, Silvinei recebe um salário bruto de R$ 19.512,48. Com os descontos obrigatórios por lei, como Imposto de Renda (R$ 3.973,93) e Previdência Social (R$ 1.757,34), o valor líquido fica em R$ 13.936,27, segundo o contracheque de outubro de 2025.
A prisão de Silvinei ocorreu no Aeroporto Internacional Silvio Pettirossi, em Assunção, no Paraguai, quando tentava embarcar em um voo com destino a El Salvador. Condenado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) a 24 anos e 6 meses de prisão por participação na tentativa de golpe para manter o ex-presidente Jair Bolsonaro no poder após a derrota nas eleições de 2022, o ex-diretor-geral da PRF rompeu a tornozeleira eletrônica que utilizava, deixou o Brasil sem autorização judicial e cruzou a fronteira em direção ao Paraguai. A violação do equipamento de monitoramento acionou imediatamente os sistemas de alerta, o que levou ao reforço da vigilância nas fronteiras e à atuação da adidância brasileira no país vizinho, resultando na prisão no aeroporto.
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Informações preliminares indicam que Silvinei utilizava um passaporte paraguaio original, mas que não correspondia à identidade. Ao tentar sair do aeroporto, o ex-chefão da PRF no governo Bolsonaro foi abordado e preso pelas autoridades paraguaias. Segundo interlocutores do governo brasileiro, ele deve ser expulso do Paraguai nos próximos dias. Em 16 de dezembro, após a condenação no STF, Silvinei Vasques pediu exoneração do cargo de secretário de Desenvolvimento Econômico e Inovação de São José, na Grande Florianópolis.
Saiba Mais
Silvinei entrou para a PRF em 1995 e ficou 27 anos no órgão, lotado em Santa Catarina. Como entrou na Polícia Rodoviária Federal antes da Reforma da Previdência, em 2019, aposentadoria se baseou na regra antiga, que estipulava que homens com 30 anos de contribuição e 20 de atividade policial poderiam se aposentar independentemente de idade. Na regra atual, ele teria que ter no mínimo 55 anos, com 30 de contribuição e 25 de atividade policial.

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