A CPMI do INSS ouviu, na tarde desta quinta-feira (4/12), Américo Monte Júnior, presidente da Amar Brasil Clube de Benefícios (ABCB). A associação é investigada por possíveis irregularidades relacionadas a cobranças indevidas em benefícios previdenciários. Esse foi o último depoimento realizado pela comissão em 2025.
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Américo compareceu à sessão, mas não foi obrigado a responder às perguntas dos parlamentares. Ele obteve habeas corpus concedido pelo ministro Kassio Nunes Marques, do Supremo Tribunal Federal (STF). A decisão gerou críticas do presidente da CPMI, senador Carlos Viana (Podemos-MG), que voltou a acusar a Corte de interferir nos trabalhos do Congresso.
Mais cedo, o colegiado rejeitou pedidos de convocação do ministro-chefe da AGU e indicado ao STF, Jorge Messias; de Fábio Luís Lula da Silva, o Lulinha; da presidente do Palmeiras, Leila Pereira; e de executivos do Santander, C6 e PicPay. Também foi derrubada a solicitação de quebra de sigilo da Zema Crédito.
Ainda pela manhã, a CPMI aprovou as convocações do governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), e do empresário Daniel Vorcaro, dono do Banco Master. Ambos são citados em reclamações e investigações envolvendo descontos não autorizados e irregularidades em operações de crédito consignado.
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A sessão desta quinta começaria com o depoimento de Silas da Costa Vaz, secretário da Confederação Nacional dos Agricultores Familiares (Conafer), mas ele apresentou atestado médico alegando dengue. Vaz foi chamado após relatório da Controladoria-Geral da União (CGU) indicar que 97,6% dos entrevistados negaram ter autorizado os descontos aplicados em seus benefícios, e quase 96% afirmaram não ser associados às entidades que efetuaram as cobranças.
