O deputado Gustavo Gayer (PL-GO) foi indiciado pela Polícia Federal, na quinta-feira (11/12), por suspeita de associação criminosa, falsidade ideológica, falsificação de documento particular e peculato-desvio. O parlamentar nega as acusações.
As investigações apontam que o objetivo do esquema era o desvio de cotas parlamentares em favor de uma Organização de Sociedade Civil de Interesse Público (Oscip), criada com documentos falsos.
Segundo a PF, o quadro social da organização era formado por crianças de nove anos. O indiciamento é um desdobramento de uma operação realizada em 2024, cujo nome, “Discalculia”, faz referência a um transtorno de aprendizagem de números.
Em outubro do ano passado, Gayer e assessores foram alvo de um mandado de busca e apreensão da PF. Na ocasião, mais de R$ 70 mil foram apreendidos com um dos funcionários do deputado.
Reação do deputado
No Instagram, Gayer ironizou o indiciamento. “Minha casa caiu! Moraes descobriu minha associação criminosa e eu fui indiciado”, debocha em uma publicação.
O deputado, que chama a Polícia Federal de “PF do Moraes” e Stasi (polícia secreta da antiga República Democrática Alemã), afirma que o motivo do indiciamento são alegações de que ele é um dos financiadores dos atos de 8 de janeiro.
Segundo o parlamentar, o ministro do Superior Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes quer derrubá-lo por ele ser o “número um no Senado de Goiás”. Ele também afirma que ainda não teve acesso ao indiciamento.
"Eu só usei emenda no primeiro ano do meu mandato e depois me tornei contrário às emendas e nunca mais usei. Eu não uso emendas parlamentares. Eu não usei fundo eleitoral, eu não uso emenda parlamentar e, olha que loucura, eles estão dizendo que eu paguei o aluguel disso aqui para esconder uma escola de inglês", declara.
Os deputados do PL Nikolas Ferreira, Julia Zanatta, Carlos Jordy, entre outros, demonstraram apoio a Gayer nos comentários da publicação e acusam o STF de perseguição política.
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