A Câmara dos Deputados definiu quem ocupará as vagas deixadas por Eduardo Bolsonaro (PL-SP) e Alexandre Ramagem (PL-RJ). Com a formalização da vacância dos mandatos, a Mesa Diretora confirmou a convocação dos suplentes do Partido Liberal nos dois estados, seguindo a ordem da coligação nas eleições de 2022.
Em São Paulo, quem assume a cadeira é o missionário José Olímpio (PL), primeiro suplente da legenda. Ele já vinha exercendo o mandato de forma interina e agora passa a ocupar a vaga de maneira definitiva. Ex-deputado federal, José Olímpio retorna à Câmara após ficar fora da legislatura iniciada em 2023.
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No Rio de Janeiro, a vaga será ocupada por Dr. Flávio (PL), médico veterinário e até então secretário estadual de Agricultura. Para assumir o mandato, ele precisou se desligar do cargo no Executivo fluminense. Dr. Flávio concorreu à Câmara nas últimas eleições e ficou na suplência da legenda.
A convocação dos suplentes ocorre automaticamente após a comunicação oficial da vacância e não depende de deliberação do plenário. A posse é organizada pela Secretaria-Geral da Mesa e deve ocorrer nos próximos dias, conforme o trâmite interno da Casa.
Perda dos mandatos
A Mesa Diretora da Câmara dos Deputados decidiu nesta quinta-feira (18/12) pela cassação dos mandatos de Eduardo Bolsonaro (PL-SP) e Alexandre Ramagem (PL-RJ), o primeiro réu e segundo foragido da justiça brasileira, por participar de trama golpista após as eleições de 2022.
A decisão foi comunicada no fim da tarde pelo presidente da Casa, Hugo Motta. No caso de Ramagem, que foi condenado a 16 anos de prisão no âmbito da trama para impedir a posse de Lula, a cassação veio após decisão do Supremo Tribunal Federal e a manifestação do relator do processo, o deputado Carlos Veras (PT-PE). Ramagem, assim como Flávio, fugiu para os Estados Unidos, onde tenta obter asilo político.
Em relação ao filho 03 do ex-presidente Jair Bolsonaro, a decisão ocorreu após o parlamentar ultrapassar o limite de faltas nas sessões legislativas da Câmara. Eduardo foi para os EUA ainda no mês de março de 2025. O deputado perde o mandato caso falte pelo menos um terço das sessões deliberativas da Casa.
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