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Repelente no skincare: com surto de dengue, rotina ganha novo passo

Em meio a uma epidemia de dengue, toda atenção é pouca, e o repelente se torna item essencial. Veja como adicionar esse passo a sua rotina de autocuidado

Mulher passando repelente no braço -  (crédito: Reprodução/Freepik)
Mulher passando repelente no braço - (crédito: Reprodução/Freepik)

Durante a época mais quente e úmida do ano, os mosquitos aparecem em peso. Com isso, o aedes aegypti, transmissor de dengue, chikungunya e zika, tem se tornado um grande problema no Brasil. Diante dessa situação, a necessidade de incluir o repelente na rotina torna-se cada vez maior.

Apesar da comprovada e reconhecida a importância do repelente, muitas pessoas são relutantes ao uso por não saberem como administrar de forma adequada. Assim, diversas dúvidas costumam surgir em relação a esse produto e sua utilização correta.

No rosto, sim

Por receio de manchas, ressecamento e acne, muitas pessoas acreditam que aplicar repelente no rosto não seja apropriado e abrem mão de proteger a área dos mosquitos. A dermatologista Fabiana Addario, da plataforma Plenapausa (@plenapausa), esclarece que essa ideia é um mito.

"O repelente pode, sim, ser aplicado na face, porém com alguns cuidados. Deve -se evitar os olhos e a boca. Caso ele seja em spray, é indicado borrifar inicialmente nas mãos e, apenas depois, aplicar na face, tomando os cuidados com áreas sensíveis", pontua a especialista.

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"É importante escolher um produto específico para essa área sensível. Existem repelentes faciais formulados para serem suaves e seguros para a pele do rosto", complementa a dermatologista Nicolly Machado.

A médica explica que alguns repelentes contêm ingredientes que podem ressecar a pele se forem usados em excesso em peles sensíveis. "No entanto, existem produtos que são formulados com ingredientes hidratantes e suaves para minimizar o ressecamento", indica ela. Além disso, a médica enfatiza a importância de, em conjunto com o repelente, manter a hidratação da pele com os hidratantes habituais.

Agora, quando se fala de acne, algumas pessoas podem notar um agravamento do quadro ao aplicar repelentes no rosto, mas isso não é regra e não deve ser motivo para suspender o uso. "Se você tem acne ou pele propensa a ela, é importante escolher um repelente facial que seja livre de óleo e não comedogênico. Além disso, certifique-se de lavar bem o rosto após usar o repelente para remover qualquer resíduo que possa obstruir os poros", orienta Nicolly.

Aplicação certa

 Uma rotina de skincare varia muito conforme a idade e as necessidades individuais de cada pessoa. No entanto, para integrar o repelente, a regra é a mesma para todos. "De maneira básica, ela deve incluir a limpeza da pele, na sequência um creme ou um sérum de tratamento, depois o hidratante, em seguida o protetor solar e, sempre por último, o repelente", explica a dermatologista Fabiana Addario.

 O repelente deve ser aplicado depois de todos os outros cosméticos porque sua eficácia pode ser comprometida caso outros produtos sejam passados sobre ele. Além disso, é recomendado esperar alguns minutos após a aplicação do protetor, garantindo que os demais itens estejam secos e fixados na pele antes da utilização do repelente. Vale ressaltar que existem protetores solares multifuncionais no mercado que já contêm repelentes em sua formulação.

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 Quanto à reaplicação, é importante seguir as instruções do fabricante para determinar a frequência adequada, que pode variar de acordo com o produto escolhido. "Em geral, recomenda-se aplicar o repelente a cada quatro a seis horas, ou conforme necessário, especialmente se você estiver exposto a áreas com alto risco de picadas de insetos", aconselha Nicolly.

Atenção às crianças 

 Mais vulneráveis à dengue, os pequenos precisam de proteção especial. No entanto, é fato que a pele deles é mais sensível, exigindo cuidados específicos. Quando se trata do uso de repelente, há certas precauções que não podem ser deixadas de lado.

 "Existem repelentes específicos para crianças que são formulados com ingredientes e concentrações adequadas para a pele sensível delas", comenta Nicolly. De acordo com Fabiana, os produtos mais indicados são à base de icaridina e óleo de eucalipto.

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 Além disso, é fundamental realizar a aplicação com cuidado e monitorar a criança corretamente. "Muito cuidado, especialmente com crianças pequenas, pois elas podem levar as mãos à boca e ingerir acidentalmente o produto", alerta Fabiana.

 No caso de bebês, outras alternativas devem ser consideradas para garantir proteção. "A Academia Americana de Pediatria não recomendo o uso de repelentes em crianças com menos de 2 meses. Portanto, o mais indicado é utilizar mosquiteiros e telas nos quartos", conclui Fabiana.

*Estagiária sob a supervisão de Sibele Negromonte

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postado em 26/02/2024 15:44 / atualizado em 26/02/2024 15:44
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