Deputados e senadores da oposição passaram a noite ocupando as Mesas Diretoras da Câmara e do Senado em protesto contra a prisão domiciliar do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL)
EVARISTO SA/AFPOs parlamentares fizeram um esquema de revezamento. Cada parlamentar fica cerca de 3 horas na Mesa Diretora, descansa 6 horas e vem outro turno. Cada turno conta com no mínimo 12 parlamentares
EVARISTO SA/AFPDeputados e senadores informaram que iriam obstruir as votações na Câmara e no Senado até que a direção das duas Casas decidisse colocar em votação matérias classificadas por eles como 'pacote da paz'
EVARISTO SA/AFPEntre os pedidos estão anistia aos acusados pelos ataques antidemocráticos do 8 de janeiro em 2023, o impeachment do ministro Alexandre de Moraes, e uma proposta de emenda à Constituição que extingue o foro privilegiado
Em uma publicação na noite de terça, o senador Izalci Lucas (PL-DF) explicou que o revezamento é uma estratégia da direita para fazer uma ocupação sem que seja necessário 'comer marmita no Plenário'
Além de ocupar as Mesas Diretoras, os parlamentares também colocaram fitas na boca. Teve deputado que tampou até os olhos e os ouvidos
Deputados da base do governo Lula criticaram a ação. deputado federal Guilherme Boulos (PSol-SP) disse que que eles estão tentando 'ganhar a pauta na base do golpe e da palhaçada'
Ed Alves/CB/DA.PressA deputada federal Erika Hilton (PSol-SP) disse que os parlamentares estão tentando fazer o Congresso de 'refém'. 'Mas nós não aceitaremos essa chantagem e não aceitaremos essa tentativa golpista ridícula', afirmou
Zeca Ribeiro/Câmara dos DeputadosO deputado Lindbergh Farias (PT-RJ), líder do PT na Câmara, ressaltou que a oposição tem o direito de fazer obstrução, mas não de ocupar as Mesas Diretoras. 'Impedir seu funcionamento, por meio da violência, é uma espécie de AI-5 parlamentar', disse