Laura Dahlmeier foi atingida por um conjunto de pedras momentos depois de atingir o cume do pico Laila, a mais de 6 mil metros de altitude.
Os resgates falharam devido à dificuldade de acesso ao local, além do fato de que estava de noite.
O acesso de helicóptero também não foi possÃvel dada a altitude extrema.
Aos 31 anos, Dahlmeier era considerada uma das maiores biatletas da história.
A alemã conquistou destaque no Mundial de 2017 com cinco ouros e uma prata, além de duas medalhas de ouro e uma de bronze nos Jogos Olímpicos de Inverno de Pyeongchang, em 2018.
Aposentada desde 2019, ela passou a se dedicar ao alpinismo e, desde junho, realizava expedições no Paquistão.
Recentemente, Dahlmeier havia escalado a Grande Torre do Trango, que tem 6.286 metros, um dos seus maiores feitos.
Em 2023, ela quebrou o recorde de velocidade ao subir o Ama Dablam, no Himalaia.
O biatlo, especialidade de Laura Dahlmeier, é um esporte de inverno que combina esqui cross-country com tiro ao alvo com rifle.
A cordilheira Karakoram, onde Dahlmeier realizava a escalada, é uma das cadeias montanhosas mais altas e impressionantes do mundo.
Fica localizada na região da Ásia Central, atravessando o Paquistão, a Índia e a China.
Famosa por suas paisagens extremas, abriga o K2, a segunda montanha mais alta do planeta com 8.611 metros, além de outros picos acima de 8 mil metros.
Parte do sistema do Himalaia, o Karakoram se estende por cerca de 500 km e é caracterizado por picos nevados, vales profundos e vastas geleiras, como a Siachen e a Baltoro.
É uma das regiões mais difíceis de acesso e desafiadoras para alpinistas, devido à altitude extrema, clima severo e terrenos perigosos.
Apesar de inóspita, é uma área de grande beleza natural e importância ecológica. Suas geleiras abastecem importantes rios da região, como o Indo.
A biodiversidade da cordilheira inclui ainda espécies raras, como o leopardo-das-neves, e comunidades locais, como os hunzas, vivem em vales isolados, adaptados ao ambiente hostil.