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Empresa chilena faz megainvestimento em celulose no Brasil


A empresa chilena Arauco, parte do conglomerado Empresar Copec, anunciou a aprovação de um investimento de US$?4,6 bilhões na construção de sua primeira fábrica de celulose no Brasil. Na cotação atual, o valor equivale a cerca de R$ 25,5 bilhões.

Por Flipar
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Ela será a maior unidade com essa finalidade construída em uma única etapa - quando toda a capacidade produtiva da fábrica é projetada e instalada de uma vez só.

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Batizada de Projeto Sucuriú, a fábrica será construída em Inocência, no Mato Grosso do Sul, e está prevista para funcionar a partir do final de 2027.

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Esta planta terá capacidade de produzir cerca de 3,5 milhões de toneladas por ano de celulose de eucalipto, posicionando-se como uma das maiores do mundo em etapa única.

Reprodução do Yotube Canal ARAUCO Brasil

O governo do Mato Grosso do Sul destaca que a planta deve impulsionar o crescimento econômico de Inocência, com a geração de até 14 mil empregos diretos durante a fase de obras e milhares mais na operação.

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A empresa também prevê o desenvolvimento de infraestrutura logística local, incluindo um investimento de aproximadamente R$?800 milhões em ramal ferroviário para escoamento da produção.

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Com essa nova planta, a Arauco consolida sua presença no Brasil e intensifica a competição com gigantes como a Suzano, cuja unidade em Ribas do Rio Pardo, também no Mato Grosso do Sul, tem capacidade para 2,55 milhões de toneladas por ano - a maior linha de produção do mundo.

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O setor como um todo vive um ciclo de expansão no Brasil. Até 2028, grandes empresas como Arauco, Suzano, CMPC, Bracell e Klabin devem investir mais de R$?105 bilhões, com a criação de dezenas de milhares de empregos e novos pontos produtivos em diferentes estados.

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A celulose é uma fibra natural de origem vegetal, sendo o principal componente das paredes celulares das plantas.

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Extraída principalmente da madeira de árvores como o eucalipto e o pinus, ela representa a base para a produção de uma vasta gama de produtos do cotidiano, indo muito além do papel.

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A celulose é um dos materiais mais versáteis da indústria moderna. Seu uso vai desde o tradicional papel para impressão e embalagens até itens de higiene pessoal, como papel higiênico, lenços, fraldas e absorventes.

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Ela também está presente em fibras têxteis, como o rayon e a viscose, na produção de bioenergia e até na formulação de remédios, alimentos industrializados, como espessante ou emulsificante, e bioplásticos.

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Com a crescente demanda por produtos sustentáveis, a celulose vem ganhando destaque como alternativa renovável e biodegradável frente aos materiais derivados do petróleo.

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A fabricação da celulose começa com o cultivo de florestas plantadas, geralmente de eucalipto no Brasil, uma espécie que se desenvolve rapidamente e tem alto rendimento por hectare.

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O processo industrial ocorre em grandes plantas especializadas e segue estas etapas principais: a colheita e transporte da madeira.

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Então, a madeira é descascada e picada em pequenos cavacos. Na sequência, há os processos de cozimento, lavagem, branqueamento, secagem e prensagem. Assim, estão prontas para serem exportadas ou transformadas em produtos finais.

Imagem de u_np3ufnfe por Pixabay

O Brasil é o segundo maior produtor mundial de celulose, atrás apenas dos Estados Unidos, com destaque para os estados de Mato Grosso do Sul, Bahia, São Paulo e Paraná.

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Além disso, o Brasil é o maior exportador de celulose do mundo, com 18 milhões de toneladas enviadas ao exterior por ano. Empresas brasileiras exportam a matéria-prima para mais de 80 países.

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Em razão da eficiência das plantações de eucalipto e da tecnologia de ponta nas fábricas, o país se tornou líder em produtividade no setor, além de atrair investimentos bilionários.

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Em 2024, o Brasil registrou um recorde de 25,5 milhões de toneladas de celulose produzidas, representando um aumento de 5,2% em relação ao ano anterior.

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Além do impacto econômico, a indústria da celulose também busca práticas sustentáveis, como o uso de resíduos florestais para geração de energia, o reaproveitamento de água e o plantio responsável, com áreas de conservação ambiental integradas ao manejo florestal.

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