Norma, seu nome verdadeiro, teve uma vida repleta de glórias e momentos complicados. Relembre a trajetória dela!
Nascida Norma Jean Mortenson, em 1/6/1926, Monroe teve uma vida difícil na infância. Nunca soube quem era seu pai biológico.
Além de problemas financeiros, sua mãe se sentia mentalmente despreparada para cuidar da criança. Ela viveu em orfanato e na casa de pessoas de quem sofreu abuso (algo que se revelaria mais tarde).
Para viver numa casa própria, ela casou-se cedo, aos 16 anos, com James Dougherty, que tinha 21 e trabalhava na Lockheed Corporation, uma empresa aeroespacial.
Quando ele foi para a Segunda Guerra Mundial, Norma foi morar com os sogros e começou a trabalhar numa fábrica. Lá, ela foi fotografada para uma campanha e chamou atenção pela beleza.
Um agente de cinema a convidou para um teste e ela foi contratada pela 20th Century Fox. Mas o nome não agradou e, juntos, ela e o agente escolheram Marilyn (de Marilyn Muller, estrela da Broadway) e Monroe (sobrenome de solteira da mãe de Norma).
Em 1946, Monroe se divorciou para se dedicar apenas à carreira de atriz. E virou loira platinada, o que acabou tornando-se uma marca.
Com o passar do tempo, Marilyn foi se consagrando no papel de 'mulher fatal'. No início, ela fazia comédias românticas, sempre com um tom mais provocante.
Incomodada com as referências à sua beleza em detrimento do talento, Marilyn estudou artes cênicas para aprender as técnicas de interpretação.
Ela estudou, inclusive, no prestigiado Actors Studio, onde grandes nomes da interpretação se formaram.
Paralelamente à carreira nas telas, Marilyn tinha uma vida amorosa de altos e baixos, com relacionamentos conturbados. Ela foi casada com o jogador de beisebol Joe DiMaggio (1954-1955) e com o dramaturgo Arthur Miller (1956-1961), mas teve vários casos, com Marlon Brando e Frank Sinatra, entre outros.
Instável no amor, mas leal aos amigos, era muito próxima de Ella Fitzgerald, uma das divas do jazz. A cantora recebeu um empurrão de Monroe para ganhar os holofotes no começo da carreira.
Por causa do racismo nos EUA, Ella não podia fazer show na principal casa: Mocambo. Marilyn então fez acordo com o dono: sentaria na primeira fila em todos os shows, para atrair visibilidade. Deu certo.
A amizade entre Marilyn e Ella tornou-se uma espécie de símbolo na luta contra a segregação racial nos Estados Unidos.
Marilyn Monroe, apesar do sucesso no cinema, sofria de insegurança e seus problemas foram se agravando.
Em 1959, Marilyn aceitou fazer 'Quando Mais Quente Melhor', de Billy Wilder, embora o papel caísse no estereótipo de 'loira burra'. O filme foi aclamado pela crítica e consagrou Monroe, lhe rendendo um Globo de Ouro de Melhor Atriz.
Os bastidores, porém, foram complicados. Ela se atrasava, esquecia as falas e precisava repetir cenas diversas vezes, causando irritação, principalmente em Tony Curtis (na foto, em cena com Marilyn).
O último filme de Marilyn Monroe foi 'Os Desajustados' (1960), coincidentemente o último também de outro ídolo do cinema: Clark Gable (que aparece na foto).
Os problemas emocionais de Marilyn fizeram com que ela recorresse a remédios. Ela foi encontrada morta no quarto de sua casa em Los Angeles, e o laudo apontou excesso de barbitúricos.
Marilyn inspirou obras de arte. Em 2022, um quadro retratando a atriz foi vendido por US$ 195 milhões num leilão da Christie's, em Nova York. Trata-se de 'Shot Sage Blue Marilyn', de Andy Warhol.
A obra tornou-se a mais cara do século 20. Andy Warhol fez outros 4 quadros de Marilyn, todos com serigrafia, técnica que, segundo a casa de leilão, ele não voltou a usar por achar complicada.
Em 2022, foi lançado o filme 'Blonde', baseado em momentos da vida de Marilyn Monroe. Ela foi interpretada pela atriz Ana de Armas, que recebeu uma indicação ao Oscar pelo papel.