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Um ano após tragédia aérea, funcionário que sabia das falhas revelou que mal consegue dormir


O trágico acidente aéreo do voo 2283 da Voepass, que completou um ano em 9 de agosto de 2025, ganhou novos desdobramentos.

Por Flipar
Reprodução/TV Globo

Na ocasião, um turbo-hélice ATR 72-500 caiu em Vinhedo, em São Paulo, após decolar de Cascavel, no Paraná, com destino a Guarulhos, matando todas as 62 pessoas a bordo.

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Investigações recentes revelaram que uma falha crítica no sistema de degelo do avião foi omitida do diário de bordo poucas horas antes da decolagem.

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Gravações obtidas pelo programa Fantástico, da TV Globo, mostraram funcionários da manutenção admitindo o erro.

Reprodução TV Globo

Horas antes do voo, o comandante havia detectado falhas no degelo durante um pouso em Ribeirão Preto, mas não formalizou a reclamação, e a aeronave foi liberada.

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'Errei, errei de não ter mandado por escrito', disse um funcionário. 'Printa, manda pro teu celular, guarda isso daí', sugeriu um colega.

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De acordo com um mecânico, que preferiu não se identificar, a equipe trabalhava sob pressão para evitar registros de panes.

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Naquele dia, condições meteorológicas críticas aumentaram o acúmulo de gelo nas asas, e o sistema de degelo, já conhecido por falhas, não funcionou adequadamente.

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O avião, apelidado de 'Papa Bravo', tinha histórico de problemas, e ex-funcionários relataram práticas questionáveis na manutenção, como a reutilização de peças de aeronaves desativadas.

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Alguns passageiros contaram que não sabiam que iriam voar pela Voepass, já que compraram passagens pela Latam.

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Em outros áudios obtidos pelo g1, é possível perceber uma comunicação tranquila e sem qualquer menção à pane ou emergência, mesmo quando o painel da aeronave já alertava para perda de velocidade e acúmulo de gelo nas asas.

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Às 13h20, o copiloto comentou 'bastante gelo', acionando o sistema de degelo tarde demais. O controle foi perdido um minuto depois, com impacto no solo às 13h22.

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As famílias das vítimas se uniram para buscar justiça, argumentando que o acidente foi resultado de negligências acumuladas.

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A Polícia Federal investiga possíveis condutas criminosas e falhas nas rotinas de manutenção e operação da companhia.

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A Voepass foi proibida de operar apenas em junho de 2025, quase onze meses após o acidente.

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O relatório final do Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa) ainda não foi divulgado, mas existe a expectativa de que fique pronto até o fim de 2025.

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Segundo o Instituto Nacional de Criminalística, os pilotos estavam treinados para operar em condições de gelo. Agora, os peritos buscam entender por que os procedimentos adequados não foram aplicados no momento crítico.

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O acidente aéreo de Vinhedo foi a maior tragédia da aviação comercial no Brasil desde o desastre que envolveu o avião da TAM, em 2007. Na ocasião, uma aeronave que havia partido de Porto Alegre explodiu ao chegar em Congonhas, São Paulo.

Wikimédia Commons/Milton Mansilha

O piloto não conseguiu frear, ultrapassou o limite da pista e bateu no prédio da TAM e num posto de gasolina. Todas 187 pessoas a bordo morreram, além de 12 que estavam no solo.

Wikimédia Commons/Milton Mansilha