Já a umbanda é considerada uma religião brasileira que mistura elementos do catolicismo, do espiritismo kardecista e de ritos africanos e indígenas.
O Candomblé possui uma estrutura mais rígida e tradicional, com ritos específicos para iniciação, oferendas, cantos e danças para cada orixá. O culto é feito em terreiros, onde os orixás se manifestam nos médiuns por meio da incorporação.
Na Umbanda o culto é mais flexível e sincrético. As entidades que se manifestam são espíritos como caboclos, pretos-velhos e crianças. Os orixás também são cultuados, mas geralmente de forma menos estruturada do que no Candomblé.
O Dia Nacional da Umbanda é festejado anualmente em 15 de novembro, desde 2012, quando a data foi instituída pela Lei Federal nº 12.644. O 15 de novembro foi escolhido por ser o dia em que o espírito do caboclo das Sete Encruzilhadas, em 1908, teria se manifestado no jovem médium Zélio Fernandino de Morais, anunciando que uma nova religião deveria ser fundada no Brasil.
O Dia Nacional das Tradições Africanas e Nações do Candomblé é comemorado no dia 21 de março. A data foi estabelecida pela Lei Federal n° 14.519/23.
'Umbanda' significa 'curandeiro' no idioma Kimbundo, uma das lÃnguas de Angola (onde o português é oficial, mas grande parte da população mantém os idiomas bantos). Já a palavra candomblé, no quimbundo e no quicongo, faladas em Angola e no Congo, significa 'dança com atabaques' ou 'ritual religioso com música e dança'.
O Candomblé usa cantos em línguas africanas (iorubá, quimbundo, etc.), acompanhados de atabaques A Umbanda usa pontos cantados em português e, às vezes, instrumentos mais simples, como palmas e atabaques.
A mitologia iorubá diz que Olodumaré (ou Olorum) criou o mundo e deu aos orixás a tarefa de governá-lo. Como Deus Supremo, ele não aceita oferendas.
Segundo a tradição, diferentemente de Olodumaré, os orixás gostam de receber oferendas. Alimentos, bebidas, velas, flores, pratos preparados conforme a 'preferência' do orixá.
Originalmente, existem mais de 400 orixás. Atualmente 12 deles são cultuados com bastante intensidade no dia a dia.
Iemanjá é a deusa dos mares e oceanos. Tem a água como elemento. Mãe dos orixás, símbolo da maternidade. Tem eapada, leque e espelho. Algumas oferendas: feijoada e inhame.
Xangô é o orixá da justiça. Deus do trovão. O fogo é seu elemento. Carrega um machado de duas pontas. Algumas oferendas: velas brancas, vermelhas ou marrons. Cerveja escura e vinho. Quiabo, camarão e dendê.
Obaluaiê (ou Omulu) é o Deus da peste. Médico dos pobres. Seu elemento é a terra. Carrega um xaxará, feixe de palha com búzios. Algumas oferendas: velas brancas, vinho rosé, coco, farofa, mel e pipoca.
Oxóssi é o Deus da caça. As florestas são o seu elemento. Padroeiro da sabedoria. Retratado com rabo de cavalo e chifre de boi. Algumas oferendas: peixe e milho.
Nanã é a Deusa da Lama e do fundo dos rios, a orixá mais velha. Regente da razão humana. Seu elemento é a terra. Carrega um ibiri, um cetro de palha com búzios. Algumas oferendas: milho, arroz, feijão, mel e dendê
Oxumaré é o senhor da chuva e do arco-íris.Transporta a água entre o céu e a terra. Usa colar amarelo e verde. E tem como símbolo uma cobra de metal. Seu elemento é a água. Algumas oferendas: milho, acarajé, coco e ovos.