A ocasião é chamada de “Lua de Sangue” por causa da coloração avermelhada que o satélite adquire durante o eclipse. Isso ocorre porque a atmosfera terrestre filtra a luz solar, permitindo a passagem apenas dos tons avermelhados, que iluminam a Lua de forma indireta.
Recentemente, a Nasa divulgou a data em que acontecerá o mais longo eclipse solar total da história e ela está bem distante, no ano 2188.
O fenômeno deve escurecer o céu por quase sete minutos e meio e poderá ser observado inteiramente em alguns países, incluindo a região Norte do Brasil.
Os cálculos da Nasa indicam que o prolongado eclipse acontecerá em 16 de julho de 2188 e terá duração estimada de 7 minutos e 29 segundos.
Em média, os eclipses solares totais duram entre dois e cinco minutos. A maioria deles não chega a três minutos de duração.
Essa notícia reacende o fascínio por um dos eventos astronômicos mais espetaculares e intrigantes da natureza.
O eclipse solar ocorre quando a Lua se posiciona entre a Terra e o Sol, bloqueando parcial ou totalmente a luz solar em determinadas regiões do planeta.
Esse alinhamento só é possível durante a Lua nova e depende de uma combinação precisa de distâncias e ângulos.
No caso do eclipse total, a Lua encobre completamente o disco solar, fazendo com que o dia se transforme em noite por alguns minutos.
Durante esse breve intervalo, é possível observar a corona solar - a atmosfera externa do Sol -, que é normalmente invisível a olho nu. A temperatura cai, os animais se comportam como se fosse anoitecer e o céu ganha tonalidades únicas.
A raridade de um eclipse total em um mesmo local é alta: pode levar décadas ou séculos para que o fenômeno se repita em uma mesma região da Terra.
Além disso, sua duração depende da posição da Terra em relação ao Sol e à Lua, bem como da velocidade com que esses corpos celestes se movimentam.
O eclipse de 16 de julho de 2188 será tão longo porque ocorrerá em um momento em que a Terra estará mais distante do Sol - período chamado de afelio - e a Lua, mais próxima da Terra - o perigeu. Isso fará com que a Lua aparente estar um pouco maior no céu e cubra o Sol por mais tempo.
Além do eclipse total, existem outros dois tipos de eclipses solares. No eclipse parcial, apenas uma parte do Sol é encoberta pela Lua.
Já no eclipse anular, a Lua passa bem em frente ao Sol, mas, por estar mais distante da Terra, não cobre o astro completamente . O resultado é um 'anel de fogo' ao redor da silhueta lunar.
O eclipse solar total é o mais raro e impressionante dos três. Ele ocorre em áreas muito específicas da superfície terrestre - chamadas de faixa de totalidade - e pode ser visível apenas em uma estreita faixa de território.
Em outros locais, o fenômeno pode ser visto apenas como parcial ou sequer ser percebido.
Os eclipses solares sempre provocaram encanto, medo e curiosidade. Ao longo da história, civilizações antigas viam neles sinais divinos, presságios ou manifestações de forças sobrenaturais.
Hoje, graças aos avanços da astronomia e da tecnologia, sabemos exatamente como e por que esses fenômenos ocorrem - e podemos prevê-los com séculos de antecedência.
Mesmo com esse conhecimento, assistir a um eclipse solar total continua sendo uma experiência emocional e visualmente impactante. Muitos que presenciaram eclipses totais os descrevem como momentos transformadores.
Embora o eclipse mais longo da história esteja muito distante no tempo, os moradores do Brasil e de outros países das Américas terão a chance de observar eclipses totais antes disso.
Em agosto de 2045, por exemplo, está previsto um eclipse total com mais de seis minutos de duração em partes dos Estados Unidos. Já em solo brasileiro, o próximo eclipse total visível acontecerá em 12 de agosto de 2045, mas sua faixa de totalidade será restrita a áreas da região Norte.
A boa notícia é que mesmo os eclipses parciais e anulares também proporcionam um espetáculo digno de observação - desde que com os cuidados corretos.
Olhar diretamente para o Sol, mesmo durante um eclipse parcial, pode causar sérios danos à visão. Por isso, é essencial o uso de óculos com filtro solar especial ou a observação indireta com equipamentos adequados.