A ocasião é chamada de “Lua de Sangue” por causa da coloração avermelhada que o satélite adquire durante o eclipse. Isso ocorre porque a atmosfera terrestre filtra a luz solar, permitindo a passagem apenas dos tons avermelhados, que iluminam a Lua de forma indireta.
O fenômeno não poderá ser visto no Brasil. Mas a internet vai transmitir. Quem tiver curiosidade de acompanhar a Lua de Sangue poderá ver as imagens, ao vivo, em transmissões no YouTube.
Recentemente, a Nasa divulgou a data em que acontecerá o mais longo eclipse solar total da história e ela está bem distante, no ano 2188.
O fenômeno deve escurecer o céu por quase sete minutos e meio e poderá ser observado inteiramente em alguns países, incluindo a região Norte do Brasil.
Os cálculos da Nasa indicam que o prolongado eclipse acontecerá em 16 de julho de 2188 e terá duração estimada de 7 minutos e 29 segundos.
Em média, os eclipses solares totais duram entre dois e cinco minutos. A maioria deles não chega a três minutos de duração.
Essa notícia reacende o fascínio por um dos eventos astronômicos mais espetaculares e intrigantes da natureza.
O eclipse solar ocorre quando a Lua se posiciona entre a Terra e o Sol, bloqueando parcial ou totalmente a luz solar em determinadas regiões do planeta.
Esse alinhamento só é possível durante a Lua nova e depende de uma combinação precisa de distâncias e ângulos.
No caso do eclipse total, a Lua encobre completamente o disco solar, fazendo com que o dia se transforme em noite por alguns minutos.
Durante esse breve intervalo, é possível observar a corona solar - a atmosfera externa do Sol -, que é normalmente invisível a olho nu. A temperatura cai, os animais se comportam como se fosse anoitecer e o céu ganha tonalidades únicas.
A raridade de um eclipse total em um mesmo local é alta: pode levar décadas ou séculos para que o fenômeno se repita em uma mesma região da Terra.
Além disso, sua duração depende da posição da Terra em relação ao Sol e à Lua, bem como da velocidade com que esses corpos celestes se movimentam.
O eclipse de 16 de julho de 2188 será tão longo porque ocorrerá em um momento em que a Terra estará mais distante do Sol - período chamado de afelio - e a Lua, mais próxima da Terra - o perigeu. Isso fará com que a Lua aparente estar um pouco maior no céu e cubra o Sol por mais tempo.
Além do eclipse total, existem outros dois tipos de eclipses solares. No eclipse parcial, apenas uma parte do Sol é encoberta pela Lua.
Já no eclipse anular, a Lua passa bem em frente ao Sol, mas, por estar mais distante da Terra, não cobre o astro completamente . O resultado é um 'anel de fogo' ao redor da silhueta lunar.
O eclipse solar total é o mais raro e impressionante dos três. Ele ocorre em áreas muito específicas da superfície terrestre - chamadas de faixa de totalidade - e pode ser visível apenas em uma estreita faixa de território.
Em outros locais, o fenômeno pode ser visto apenas como parcial ou nem sequer ser percebido.
Os eclipses solares sempre provocaram encanto, medo e curiosidade. Ao longo da história, civilizações antigas viam neles sinais divinos, presságios ou manifestações de forças sobrenaturais.
Hoje, graças aos avanços da astronomia e da tecnologia, sabemos exatamente como e por que esses fenômenos ocorrem - e podemos prevê-los com séculos de antecedência.
Mesmo com esse conhecimento, assistir a um eclipse solar total continua sendo uma experiência emocional e visualmente impactante. Muitos que presenciaram eclipses totais os descrevem como momentos transformadores.
Embora o eclipse mais longo da história esteja muito distante no tempo, os moradores do Brasil e de outros países das Américas terão a chance de observar eclipses totais antes disso.
Em solo brasileiro, o próximo eclipse total visível acontecerá em 12 de agosto de 2045, mas sua faixa de totalidade será restrita a áreas da região Norte.
A boa notícia é que mesmo os eclipses parciais e anulares também proporcionam um espetáculo digno de observação - desde que com os cuidados corretos.
Olhar diretamente para o Sol, mesmo durante um eclipse parcial, pode causar sérios danos à visão. Por isso, é essencial o uso de óculos com filtro solar especial ou a observação indireta com equipamentos adequados.