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'Casas de Fadas': ilha da Itália tem túmulos de 5 mil anos esculpidos em rochas


Além de ser destino de luxo e praias paradisíacas, a Sardenha, uma grande ilha italiana no mar Mediterrâneo, guarda um rico patrimônio arqueológico.

Por Flipar
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Entre os mais notáveis estão as Domus de Janas (ou 'Casas de Fadas'), túmulos pré-históricos esculpidos em pedras entre o Paleolítico e a Idade do Bronze.

Wikimedia Commons/Gianni Careddu

São mais de 3.500 túmulos escavados na rocha há cerca de 5 mil anos e reconhecidos como Patrimônio Mundial da Unesco.

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Eram necrópoles onde comunidades do Neolítico enterravam seus mortos com oferendas, recriando aspectos da vida cotidiana.

Divulgação/Secretaria Regional do Ministério da Cultura da Sardenha

Muitas são decoradas com símbolos ritualísticos, como chifres de touro, e possuem arquitetura complexa com cômodos e até corredores.

Divulgação/Centro de Estudos de Identidade e Memória

Um dos complexos funerários mais relevantes é Sant’Andrea Priu, em Bonorva. Fica escavado em um afloramento de lava vulcânica com 180 metros de extensão e 10 metros de altura.

Wikimedia Commons/Gianni Careddu

Lá, fica a Tumba do Capo, que ocupa 250 m² e possui 18 compartimentos interligados, lembrando a estrutura das antigas residências.

Divulgação/Secretaria Regional do Ministério da Cultura da Sardenha

O local foi reutilizado em diferentes épocas: primeiro pelos romanos, depois pelos bizantinos, quando chegou a ser transformado em igreja dedicada a Sant’Andrea.

Flickr - Ángel M. Felicísimo

Já na região de Putifigari, a necrópole de Monte Siseri, a 850 metros de altitude, abriga S’Incantu, considerado um dos exemplos mais refinados da arte neolítica.

Divulgação/Centro de Estudos de Identidade e Memória

Outro sítio arqueológico significativo é Montessu, no sudoeste da ilha, formado por 35 domus que compõem um verdadeiro “anfiteatro” datado do terceiro milênio antes de Cristo.

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Já em Alghero, a menos de dez quilômetros do mar, encontra-se Anghelu Ruju, necrópole descoberta em 1903.

Wikimedia Commons/Gianni Careddu

'É uma oportunidade extraordinária para a Sardenha pré-histórica. A Domus de Janas entra oficialmente no coração da cultura mundial', disse o professor Giuseppa Tanda, diretor científico do Centro de Estudos de Identidade e Memória (Cesim).

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Outro local relevante de Sardenha que já era considerado Patrimônio da UNESCO é Su Nuraxi di Barumini, um complexo nurágico com torres de pedra de até 18 metros.

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Tais reconhecimentos ampliam ainda mais o protagonismo histórico e cultural da Itália, país com o maior número de sítios tombados pela Unesco: 61.

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Com cerca de 1,5 milhão de habitantes, Sardenha é a segunda maior ilha do Mediterrâneo.

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É um destino turístico muito procurado por suas praias de águas cristalinas, especialmente na Costa Esmeralda.

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Montanhas, cavernas e trilhas são outras atrações naturais que tornam a ilha um destino versátil.

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Ao longo da história, Sardenha foi dominada por fenícios, romanos, espanhóis e árabes, o que ajudou a enriquecer ainda mais sua cultura.

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