Manifestação

Movimentos sociais vão às ruas em repúdio à ditadura militar

Manifestações foram convocadas para este sábado (23/3) em 18 estados e no DF. Movimentos alertam contra riscos à democracia e são contra a anistia a golpistas

O movimento terá como motes ditadura nunca mais, em defesa da democracia, contra a anistia para golpistas e pelo fim do massacre na Faixa de Gaza -  (crédito: Chris Slupski/Unsplash)
O movimento terá como motes ditadura nunca mais, em defesa da democracia, contra a anistia para golpistas e pelo fim do massacre na Faixa de Gaza - (crédito: Chris Slupski/Unsplash)
postado em 21/03/2024 22:16 / atualizado em 21/03/2024 22:58

Movimentos sociais realizam manifestações neste sábado (23/3) em repúdio ao golpe militar de 1964 e contra a anistia aos envolvidos em articulações golpistas, como as que levaram ao ataque do dia 8 de janeiro. O ato acontece nas vésperas da data que marca os 60 anos do golpe que levou à ditadura militar no comando do Brasil.

Estão confirmados 22 atos até o momento, abarcando 19 estados e uma manifestação em Portugal. A mobilização é encabeçada pela Frente Brasil Popular (FBP), pela Frente Povo Sem Medo (FPSM), além das centrais sindicais, partidos políticos e outras organizações.

Segundo as frentes que organizam as manifestações, o movimento terá como objetivo pedir por ditadura nunca mais, fazer a defesa da democracia, demandar contra a anistia para golpistas e demandar pelo fim do massacre na Faixa de Gaza.

O ato ocorre após manifestação convocada pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) na Avenida Paulista, que pediu justamente anistia para os presos no 8 de janeiro. Também ocorre após orientação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para que integrantes de seus governos não realizem atos em memória da ditadura, o que repercutiu mal nos movimentos sociais e entidades que pedem justiça às vítimas do regime militar.

Segundo levantou em 2014 a Comissão Nacional da Verdade, 191 pessoas foram mortes e outras 210 desapareceram durante os anos de chumbo, sendo que 33 dos desaparecidos tiveram seus corpos localizados posteriormente.

Para os movimentos que organizam a manifestação, é preciso utilizar o marco de 60 anos do golpe militar para relembrar a violência e os crimes cometidos no período, bem como reforçar ameaças atuais à democracia, como o crescimento da extrema-direita.

Em Brasília, o ato ocorre às 16h do sábado na Praça Zumbi dos Palmares, em frente ao Conic.

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