INVESTIGAÇÃO

Ex-marido de galerista morto no Rio é preso nos EUA

Apontado como mandante do crime, Daniel García Carrera foi preso nos Estados Unidos por fraude no passaporte

Carrera, à direita, é apontado pelo assassino como mandante da morte de Sikkema (à esquerda)  -  (crédito: Reprodução / Redes sociais)
Carrera, à direita, é apontado pelo assassino como mandante da morte de Sikkema (à esquerda) - (crédito: Reprodução / Redes sociais)
postado em 21/03/2024 13:04

O ex-marido do galerista Brent Sikkema, assassinado em janeiro no Rio de Janeiro, Daniel García Carrera, foi preso nos Estados Unidos por fraude no passaporte. Carrera foi apontado pelo cubano Alejandro Triana Prevez — acusado de ter cometido o crime — de ter sido o mandante do assassinato.

Daniel poderá ser solto após de pagamento de fiança. Caso seja, deverá usar tornozeleira eletrônica. Na quarta-feira (20/3), Daniel foi trazido ao Tribunal Distrital dos Estados Unidos para o Tribunal de Magistrados do Distrito Sul de Nova York, com detenção solicitada por fraude de passaporte.

Daniel Sikkema é alvo de um mandado da Interpol pelo assassinato do marido, o proprietário da galeria de arte Brent Sikkema, no Brasil.

Durante o processo de divórcio, Sikkema retirou Carrera de seu testamento. Até maio de 2022, Carrera era o maior beneficiário da herança da vítima. Com a alteração, Carrera foi totalmente excluído do testamento, segundo a polícia.

De acordo com a polícia, Daniel também é proprietário de dois imóveis comprados por Brent em Cuba — uma mansão e uma cobertura, em Havana —, avaliados em US$ 3 milhões (R$ 15 milhões).

O crime

Brent Sikkema, de 75 anos, era norte-americano e galerista de arte. Ele foi morto em casa, no Jardim Botânico, na Zona Sul do Rio de Janeiro em 15 de janeiro. A polícia afirma que o assassino, Alejandro Triana Prevez, saiu de São Paulo no dia anterior, ficou de tocaia em frente à casa e matou Brent com 18 facadas e retornou ao estado logo depois.

De acordo com Prevez, Carrera lhe confidenciou que o galerista estaria pagando baixos valores de pensão, enquanto tinha altos gastos com festas, drogas e garotos de programa.

Segundo Prevez, no dia do crime, ele entrou na residência da vítima com uma chave enviada por Carrera, motivo pelo qual não havia nenhum sinal de arrombamento.

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