INVESTIGAÇÃO

Quem é o "Doutor Piroca", citado por Ronnie Lessa em delação sobre Marielle

O advogado planejou local da execução com o matador de aluguel e chamou atenção pelo apelido incomum

Um apelido peculiar chamou a atenção na investigação:
Um apelido peculiar chamou a atenção na investigação: "Doutor Piroca", cuja identidade verdadeira é André Luiz Fernandes Maia. - (crédito: Reprodução/Redes sociais)
postado em 26/03/2024 13:29 / atualizado em 26/03/2024 17:32

Neste domingo foi decretada a prisão dos três acusados de mandarem matar a vereadora do Rio de Janeiro Marielle Franco e o motorista Anderson Torres. Com a divulgação do relatório final da Polícia Federal (PF), surgiram vários nomes de figuras conhecidas e alguns com codinomes. Entre eles, um apelido peculiar chamou a atenção: “Doutor Piroca”, cuja identidade verdadeira é André Luiz Fernandes Maia. 

André era conhecido como "Doutor Piroca" em referência a expressão "piroca das ideias", segundo a Folha de S. Paulo. O “Doutor Piroca” era advogado, conhecido por andar armado, e, na noite de 12 de março de 2018, véspera do assassinato de Marielle, passou um bom tempo com Lessa estudando uma forma de realizar o crime de forma “adequada”. 

Segundo o depoimento, ambos estavam juntos “tomando uísque” em 12 de março de 2018, dois dias antes do crime, tentando encontrar uma “alternativa viável para a execução” de Marielle.

No depoimento à PF, Lessa fala sobre um levantamento que estava fazendo para estudar o endereço da Rua Bispo, local onde Marielle morava.


 

Trecho do relatório final da Polícia Federal sobre o caso Marielle
Trecho do relatório final da Polícia Federal sobre o caso Marielle (foto: Reprodução/Polícia Federal )

André Luiz morreu no dia 12 de abril de 2018. O assassinato dele foi atribuído a dois homens armados que o abordaram em seu bairro, o Anil, zona oeste do Rio de Janeiro. A Polícia Civil concluiu que o homicídio de Maia foi motivado por dívidas com a milícia.

Na manhã de domingo (24/3), a investigação de desencadeou na prisão dos irmãos Chiquinho e Domingos Brazão, assim como o delegado da Polícia Civil fluminense Rivaldo Barbosa, que foram e levados para Brasília por determinação do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).

Os agentes da PF também cumpriram outros 12 mandados de busca e apreensão na capital do Rio de Janeiro em endereços de outros nomes ligados à investigação.

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