
Um entregador foi agredido após se recusar a subir com o pedido de um homem em prédio no bairro Lagoa Nova, em Natal (RN), no sábado (15/2). Outros entregadores se mobilizaram e denunciaram a agressão à polícia.
O caso é investigado pela Polícia Civil do Rio Grande do Norte. A corporação informou que o agressor e a vítima prestaram depoimento. Eles assinaram um Termo Circunstanciado de Ocorrência e depois foram liberados.
O presidente da Associção dos Trabalhadores de Aplicativos por Moto e Bike Natal e Região Metropolitana RN (Atamb), Alexandre da Silva, explicou que a vítima trabalha com aplicativo de transporte de pessoas e aceitou uma corrida para buscar e entregar uma encomenda.
Veja o vídeo:
A identidade dos envolvidos não foi divulgada pela polícia. No entanto, em um vídeo que circula pelas redes sociais, a vítima se identifica como Jonny Davis Barbosa do Nascimento. "Ele rasgou minha bolsa", afirma o entregador, que ficou com a boca sangrando após a agressão. Já o agressor é aluno de jiu-jitsu.
A academia Kimura informou que o aluno foi afastado. "Reafirmamos nosso compromisso com um ambiente respeitoso e seguro para todos, deixando claro que não compactuamos com qualquer ato de agressão. Nosso espaço sempre prezou pela disciplina, ética e respeito mútuo", disse a academia de jiu-jitsu.
A agressão repercutiu entre parlamentares. A deputada federal Natália Bonavides (PT-RN) prestou solidaridade ao entregador e afirmou que espera que o agressor seja identificado e que responda pela violência.
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"Um entregador aqui em Natal foi agredido porque o cliente não aceitou descer do apartamento para pegar seu pedido, mas desceu para praticar um crime. Vale destacar que há uma lei municipal desobrigando entregadores a entrar nos condomínios", destacou a deputada.
O deputado federal Alencar Santana (PT-SP) também se manifestou sobre o caso."Esse caso aconteceu em Natal (RN), mas se repete em qualquer lugar do Brasil, porque muitas pessoas não respeitam trabalhadores e acham que entregadores são serviçais para fazer o que elas quiserem", citou o parlamentar.
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