
A senadora Damares Alves (Republicanos-DF) anunciou, ontem, na reunião da Comissão de Direitos Humanos do Senado, que tem câncer de mama, mas deu início ao tratamento faz pouco tempo. Ela teve o diagnóstico da doença há um mês. Na conta do Instagram, por meio de uma postagem, ela comunicou que, apesar do problema, não pretende suspender a atuação no Congresso.
"Deus me deu, aqui em Brasília, os melhores médicos do mundo e, como vocês repararam, não parei de trabalhar. Fiz a cirurgia para retirada do tumor numa quinta-feira (31/7), na segunda (4/8) já estava trabalhando, presidindo uma audiência pública da Comissão de Direitos Humanos. Estou bem. Na próxima semana começo as sessões de radioterapia e não vou parar de trabalhar", salientou na publicação que fez no Instagram.
Ainda na rede social, a senadora citou um projeto de lei que diminui para 30 anos a idade mínima para realização de mamografia na rede pública de saúde. "Não importa sua idade, se você, no autoexame, detectar qualquer alteração em sua mama procure imediatamente um médico e peça para fazer uma mamografia", frisou.
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Solidariedade
Entre os que expressaram solidariedade à senadora pela postagem no Instagram, estão a vice-governadora do Distrito Federal, Celina Leão; a deputada federal Mayra Pinheiro (PL-CE); e o vereador carioca Leniel Borel (PP), pai do menino Henry Borel — morto em 8 de março de 2021, depois de espancado e torturado pela mãe e pelo padrasto, o ex-vereador carioca Dr. Jairinho.
Na sessão de ontem, na comissão, ela observou que a rotina parlamentar pode sofrer ajustes em razão da condição física devido ao esforço do tratamento. "Hoje (ontem), na reunião mais cedo, fiz um anúncio público na outra comissão e acho justo fazer este anúncio aqui também", disse. Damares explicou que havia comunicado sobre a doença previamente à equipe do gabinete, mas decidiu tornar público que está em tratamento ao participar da instalação da Subcomissão do Câncer na Comissão de Saúde.
Segundo a senadora, o fato de ter descoberto a doença precocemente fez toda a diferença. "Em 18 dias, consegui fazer a cirurgia e, com cinco dias, estava trabalhando. Com cinco dias, estava aqui no Senado, depois da cirurgia. Com dor, com um pouquinho de dor, mas com todos os meus cuidados. Só foi difícil não abraçar os colegas nesse período. Mas o diagnóstico precoce foi fundamental para estar como estou", explicou.
Depois de comunicar o diagnóstico, Damares pediu a compreensão dos colegas e solicitou o encerramento da sessão. "Na próxima semana, quem sabe, começo a audiência, a sessão, lendo os informes... É porque, realmente, já estou no meu limite físico neste momento", disse.
A senadora não é a primeira figura pública feminina a anunciar um diagnóstico de câncer. Em 2009, a ex-presidente Dilma Rousseff — então ministra da Casa Civil do segundo governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva — que se submeteria a um tratamento contra câncer no sistema linfático, depois de retirado um tumor de dois centímetros de sua axila.
Dilma tinha um linfoma não Hodgkin e se submeteu a sessões de químio e radioterapia e teve remissão da doença em dois meses. O tratamento foi encurtado devido ao progresso das sessões.
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