MATO GROSSO DO SUL

Corpos de vítimas de acidente aéreo no Pantanal passam por perícia em MS

Identificação só será possível por DNA, devido a explosão que carbonizou os quatro ocupantes da aeronave. Corpo do arquiteto chinês Kongjian Yu aguarda familiares para liberação

Vítimas da queda de avião no Mato Grosso do Sul	
 -  (crédito: Divulgação/CAU/BR/Academia Brasileira de Cinema e Redes sociais)
Vítimas da queda de avião no Mato Grosso do Sul - (crédito: Divulgação/CAU/BR/Academia Brasileira de Cinema e Redes sociais)

Os corpos das quatro vítimas da queda de um avião de pequeno porte, ocorrida na noite de terça-feira (23/9), na fazenda Barra Mansa, em Aquidauana (MS), chegaram ao Instituto de Medicina e Odontologia Legal (IML) do município nesta quarta-feira (24/9). A identificação só poderá ser feita por meio de exames de DNA, uma vez que os corpos ficaram completamente carbonizados após a explosão da aeronave. 

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De acordo com o portal g1, três vítimas já passaram por necropsia: o cineasta Luiz Fernando Feres da Cunha Ferraz, 42 anos, o documentarista Rubens Crispim Junior, 51, e o piloto e proprietário do avião, Marcelo Pereira de Barros, 59. Os corpos permanecem no IML e devem ser liberados apenas na quinta-feira (25), após a coleta de material genético para comparação com familiares.

O quarto passageiro era o arquiteto paisagista chinês Kongjian Yu, 62, considerado um dos principais nomes da área no mundo. No entanto, o corpo dele não será periciado neste momento. De acordo com as autoridades, por tradição cultural da China, esse tipo de procedimento só pode ser realizado com a presença de parentes. Familiares da vítima devem vir ao Brasil para acompanhar a liberação.

A operação de resgate durou cerca de nove horas. O acesso difícil e as condições do terreno pantaneiro dificultaram o trabalho das equipes. Segundo relatos de trabalhadores da fazenda ao Corpo de Bombeiros, o piloto precisou arremeter após uma manada de porcos-do-mato invadir a pista de pouso. Durante a manobra, o avião perdeu altitude e caiu cerca de 100 metros da cabeceira. A aeronave explodiu ao atingir o solo, e os funcionários tentaram conter as chamas com um trator e um caminhão-pipa, sem sucesso.

O avião era um Cessna 175, fabricado em 1958, com matrícula PT-BAN. Conforme a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), o modelo estava autorizado a voar apenas sob regras visuais e durante o dia, sem instrumentos para operações noturnas ou em más condições climáticas. A aeronave estava registrada no nome do piloto Marcelo Pereira de Barros e não tinha permissão para atuar como táxi aéreo.

 

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postado em 24/09/2025 18:51
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